Ancine: ampliar presença do setor audiovisual no mercado interno é desafio

Publicado em 27/02/2015 - 12:41 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Cerimônia de abertura da 47 edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

País precisa ter  mais salas de  exibição, diz assessor da AncineFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O assessor internacional da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Eduardo Valente, disse que a projeção do setor audiovisual brasileiro no mercado externo é um objetivo complementar para a entidade. Ele reconheceu que o país ainda precisa ampliar a presença de suas produções no mercado interno antes de dar prioridade às exportações. Valente participou ontem (26) do evento Rio Content Market.

"Antes temos que acabar um processo recém-iniciado de restabelecimento da presença interna", disse Valente. Segundo ele, "o desafio” da Ancine ainda é o mercado interno: o crescimento do número de salas e a necessidade de mais presença dos filmes brasileiros nas salas de projeção. Para ele, outras prioridades é a regulamentação da Lei da TV a Cabo.

Eduardo Valente disse que a agência trabalha para estabelecer parcerias com países que vivem momento semelhante ao brasileiro na indústria do audiovisual. O objetivo é aumentar o número de coproduções. Essas parcerias começaram com países latino-americanos e europeus, como Portugal, Itália e França e, agora, avança entre os membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e países que demonstram interesse pelo cinema brasileiro, como  Nova Zelândia e Bélgica.

"A coprodução, para um país como o Brasil, que tem um mercado consumidor muito grande e que tem, ao mesmo tempo, essa barreira do português como língua materna é o caminho natural", ressaltou o Valente. De acordo com ele, filmes rodados em línguas mais faladas internacionalmente, como inglês, espanhol e francês, têm mais facilidade de circulação internacional.

Edição: Marcos Chagas

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