Carnaval injetou bilhões nas economias locais, diz Ministério do Turismo

Publicado em 06/03/2017 - 20:49 Por Da Agência Brasil - Brasília

Salvador - fotos aéreas do Carnaval no Farol da Barra (Valter Pontes/Secom Salvador)

Foto aéreasdo Carnaval no Farol da Barra, em SalvadorValter Pontes/Secom Salvador

Balanço do Ministério do Turismo divulgado hoje (6) destaca os números do carnaval em diversas cidades do país, desde destinos com festas mais consolidades até aqueles em que a folia despontou com mais força nos últimos anos. Os dados revelam que a ocupação hoteleira em Salvador, por exemplo, chegou a 95% no período de carnaval, gerando 200 mil empregos temporários.

A Secretaria de Turismo da Bahia estima que 600 mil turistas tenham passado pela capital baiana, um aumento de 9% em relação a 2016. Destes, 10% são estrangeiros. Em todo o estado foram registrados cerca de 2 milhões de visitantes, que injetaram R$ 1,5 bilhão na economia baiana. Tradicionalmente, a festa tem maior duração na capital baiana e, neste ano, se estendeu entre os dias 23 de fevereiro e 2 de março.

Recife - Foliões durante show no carnaval recifense (Jedson Nobre/Prefeitura)

Folia nas ruas do Recife Jedson Nobre/Prefeitura

O balanço do Ministério do Turismo informa que, na maioria dos destinos nordestinos, os índices de ocupação hoteleira registraram uma média de 90% no período do carnaval. Em Alagoas, 90% dos 31 mil leitos ficaram ocupados no feriado, mesmo índice registrado em Sergipe. Na Paraíba, 200 mil turistas foram responsáveis pela ocupação de cerca de 95% dos leitos.

O Ceará recebeu cerca de 112 mil turistas, injetando aproximadamente R$ 140 milhões na economia estadual. Em toda a cadeia produtiva do turismo cearense foram gerados R$ 230 milhões, um aumento de cerca de 10% em relação a 2016. A taxa de ocupação da rede hoteleira ficou em torno de 84% durante o período.

No Rio Grande do Norte, a média de ocupação foi de 89%. Em Recife, que fechará o balanço na próxima semana, a expectativa de ocupação hoteleira foi de 95%, com injeção de R$ 1,2 bilhão na economia pernambucana. Em São Luís, os cinco dias de festa criaram 1.450 empregos informais. Deste total, 950 atuaram nos circuitos oficiais da folia.

São Paulo

Levantamento preliminar da São Paulo Turismo (SPTuris) mostra que os gastos dos foliões cresceram 55% na comparação com a festa do ano passado. O gasto médio subiu de R$ 617 para R$ 957. Também foi registrado crescimento de 167,5% no número de turistas no Sambódromo e de 203% no carnaval de rua. A participação de turistas no carnaval paulistano passou de 7,7%, em 2016, para 20,6%, este ano.

São Paulo - Desfile do bloco Urubó, que resgata as marchinhas de carnaval, no Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Bloco Urubó, cuja proposta é resgatar marchinhas de carnaval  em São Paulo  Rovena Rosa/Agência Brasil

No Rio de Janeiro, a estimativa é de que 1,1 milhão de turistas brasileiros e estrangeiros tenham visitado o estado, gerando uma movimentação financeira em torno de R$ 3 bilhões.

Já Belo Horizonte registrou a participação de 500 mil turistas, que garantiram 59% de ocupação na rede hoteleira, um aumento de 19% em relação ao ano passado.

Na capital federal, o carnaval levou 1,5 milhão de foliões para as ruas, um crescimento de 58% em relação a 2016, e movimentou R$ 500 milhões. Goiás registrou movimentação de 425 mil foliões, sendo 15,6% turistas. Ainda no Centro-Oeste, a capital de Mato Grosso, Cuiabá, estima que os três circuitos carnavalescos receberam aproximadamente 150 mil pessoas, entre turistas e moradores, em cinco dias de festa.

Rio de Janeiro - Fechando o carnaval não oficial, o Bloco das Mulheres Rodadas desfilou na zona sul contra o machismo, a misoginia, o racismo e a homofobia (Akemi Nitahara/Agência Brasil)

Bloco das Mulheres Rodadas fecha desfies não oficiais no Rio Akemi Nitahara/Agência Brasil

Em Roraima, no Norte do país, nos balneários de Tepequém e Caracaraí, polos turísticos do estado, o fluxo de turistas no carnaval subiu de 17,5 mil, em 2016, para 35,5 mil, em 2017. O aumento resultou em 100% de ocupação das pousadas e hotéis da região.

Edição: Amanda Cieglinski

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