Público vibra com campeãs do carnaval do Rio

Com enredo sobre os rios, a vencedora Portela quebrou um jejum de mais

Publicado em 05/03/2017 - 10:52 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Rio de Janeiro - Desfile da escola de samba Portela, pelo grupo especial, no Sambódromo (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Desfile da escola de samba Portela, pelo Grupo Especial, no Sambódromo Fernando Frazão/Arquivo/Agência Brasil

O desfile das campeãs na Marquês de Sapucaí levantou o público que voltou ao Sambódromo para acompanhar as seis primeiras colocadas no carnaval deste ano.

A primeira a desfilar na noite de ontem (4) foi a Beija-Flor de Nilópolis, sexta colocada no carnaval do Rio. A escola falou sobre Iracema e propôs um desfile com inovações na estrutura das alas, que se misturavam durante o percurso. A proposta não rendeu a pontuação esperada, mas o samba da Beija-Flor foi um dos mais cantados nos desfiles.

Ivete Sangalo foi o trunfo da Grande Rio, quinta colocada, para contagiar a Sapucaí. A escola falou sobre a história da baiana, que estreou no carnaval do Rio na escola de Duque de Caxias.

A Mangueira voltou ao Sambódromo com seu enredo sobre santos, mas sem uma das alegorias. Conforme noticiou o jornal Extra, o carro que trazia as imagens de Jesus e Oxalá causou desconforto na Arquidiocese do Rio. No Facebook, o carnavalesco Leandro Vieira postou uma foto da alegoria sozinha no barracão e disse sentir-se "incompleto".

Terceiro colocado, o Salgueiro retornou à Sapucaí com seu enredo que carnavalizou o clássico A Divina Comédia. As alegorias e fantasias luxuosas, embaladas pela "furiosa" bateria da escola fizeram com que a agremiação tijucana ficasse apenas dois décimos atrás da campeã do carnaval.

A comissão de frente da Mocidade Independente de Padre Miguel, que ficou em segundo lugar, foi um dos momentos de maior vibração no Sambódromo neste ano. Em seu enredo sobre o Marrocos, a escola fez Aladdin voar em um tapete mágico, utilizando um aeroplano. A agremiação da zona oeste homenageou a vizinha Unidos de Padre Miguel, da Série A, e trouxe para a Sapucaí a primeira porta-bandeira da escola, que se machucou e caiu enquanto se apresentava aos jurados.

Campeã por um décimo, a Portela foi festejada com seu enredo sobre os rios, que quebrou um jejum de mais de 30 anos sem títulos.

Ocorrências

Um homem foi baleado na Marquês de Sapucaí já no fim do desfile das campeãs, na manhã de hoje (5). Ainda não há informações sobre a origem do disparo. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a vítima foi atendida no local e levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, onde está estável e em observação.

Antes mesmo do desfile de sua escola começar, o presidente da Portela, Luís Carlos Magalhães, precisou de atendimento médico no Sambódromo. Segundo a secretaria, que não deu detalhes sobre o motivo do atendimento, ele foi levado do posto médico do Sambódromo para a Coordenação de Emergência Regional Professor Nova Monteiro (CER Leblon), do Hospital Miguel Couto. De lá, seguiu para a rede privada.

*Matéria ampliada às 11h57

Edição: Lidia Neves

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