CCBB Rio é apontado como uma das instituições culturais mais visitadas do mundo

Em um estudo realizado pela Universidade Erasmus, na Holanda, o CCBB

Publicado em 17/09/2017 - 14:00 Por Paulo Virgílio - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Em 2015, para atender ao grande fluxo de visitantes à exposição Picasso, o CCBB-Rio chegou a ficar aberto ao público por 36 horas seguidas

Em 2015, para atender ao grande fluxo de visitantes à exposição Picasso, o CCBB-Rio chegou a ficar aberto ao público por 36 horas seguidasTânia Rego/ Arquivo Agência Brasil

Apontado em março desse ano pela revista britânica The Art Newspaper como uma das instituições culturais mais visitadas no mundo, o Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB Rio) acaba de conquistar mais um reconhecimento internacional. Em um estudo realizado pela Universidade Erasmus, de Roterdã (Holanda), sobre a reputação das instituições culturais mais prestigiadas de dez países, o CCBB do Rio ficou em 18º lugar no ranking liderado pelo Museu do Louvre, em Paris, inaugurado em 1793, e o mais famoso do mundo.

Intitulado Por que as pessoas amam os museus de arte – estudo sobre a reputação dos 18 museus mais famosos segundo visitantes em 10 países, o relatório, publicado pelo jornal espanhol El Pais, compara as respostas de 12 mil entrevistados na Europa, nas Américas e na Ásia, todos frequentadores e não frequentadores das instituições. O estudo baseia-se em um modelo internacional que considera a estima, a boa vontade, a confiança e a admiração dos consumidores em relação a uma organização.

Em uma escala de até 100 pontos na avaliação global, todos os museus e centros culturais contaram com pontuação acima de 70 pontos, o que indica que todos são vistos de forma muito positiva. O Louvre, que encabeça a lista, ficou apenas dez pontos acima da instituição mais jovem da lista, justamente o CCBB, inaugurado em 1989, que alcançou 74,4 pontos.

“Recebemos com muito entusiasmo esse resultado, que é fruto de uma ação longeva e consistente do Banco do Brasil que visa fomentar a produção artística brasileira, proporcionar acesso fácil à programação cultural e gerar conhecimento complementar para os alunos que participam das atividades do nosso programa educativo”, comentou o gerente-geral do CCBB do Rio de Janeiro, Fábio Cunha.

“Além disso, estamos muito orgulhosos de contribuir para a visibilidade do Brasil no exterior como potência cultural, e de projetar a cidade do Rio de Janeiro no circuito das grandes exposições internacionais, ao lado de cidades importantes como Paris, Nova Iorque, Londres e Berlim”, comemorou.

Para Fábio Cunha, a programação regular, diversificada e acessível ao público explica o grande sucesso do CCBB, que, no ano passado, recebeu 2,2 milhões de visitantes. “Isso resulta em uma programação abrangente e que possibilita ao visitante encontrar a qualquer momento uma ou mais atividades para fruir, seja na área de exposição, música, teatro, dança, cinema e filosofia; além da biblioteca e dos espaços de convivência, como café, livraria e restaurante”, disse.

Atualmente com duas exposições dedicadas à arte brasileira em cartaz – Cicero Dias – um percurso poético (retrospectiva do pintor pernambucano falecido em Paris em 2003) e Tropicália – um disco em movimento – o CCBB Rio anuncia para outubro uma exposição dedicada ao artista austríaco Erwin Wurm. A mostra exibirá cerca de 40 obras que reconfiguram objetos familiares como casas, carros, roupas e alimentos para um contexto inesperado, engraçado e ao mesmo tempo crítico.

Em novembro, o destaque será a exposição e mostra de cinema Raymond Depardon, que trará obras do cineasta e fotografo francês. “Em janeiro de 2018 estreamos a exposição Ex África, uma mostra com obras de artistas contemporâneos africanos, antecipou Fábio Cunha.

No ranking da The Art Newspaper, O CCBB Rio ficou com o 26º lugar entre as 100 instituições mais visitadas no mundo, mas seus congêneres de Brasília e de São Paulo também marcaram presença na lista: o da capital federal em 59º lugar, com 1,1 milhão de visitantes e o paulistano na 68ª posição, com 965 mil visitantes.

 

Edição: Fernando Fraga

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