Parque Tecnológico da UFRJ inaugura galeria de arte pública

Publicado em 21/09/2017 - 14:23 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

No Vaivém do Ir e Vir, obra interativa da artista Dalila Santos, está na mostra

No Vaivém do Ir e Vir, obra interativa da artista Dalila Santos, da UFRJ, faz parte da exposiçãoFoto: Jady Louise

O Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inaugurou hoje (21) a Galeria Curto Circuito de Arte Pública, destinada aos estudantes e ao  público, em geral. A iniciativa é resultado de parceria com a Escola de Belas Artes e a empresa Vallourec, hospedada no parque. O acesso é gratuito.

“O Parque Tecnológico é um ambiente de conexões. Esta é a nossa missão aqui: por meio da inovação, gerar desenvolvimento”, disse à Agência Brasil o coordenador de Desenvolvimento Institucional do parque, Leonardo Melo. Segundo Melo, diversidade é o princípio fundamental com o qual trabalha o parque. “A diversidade de temas é muito importante. Temos apostado na arte como elemento potencializador da criatividade e habilitador dos processos de inovação”.

A ideia é “sair da caixa”, de modo que as pessoas perguntem qual a relação entre arte e tecnologia, ciência e inovação, acrescentou Melo, ao explicar a parceria com a Escola de Belas Artes. Com 350 mil mestros quadrados, o parque abriga empresas de vários setores, como saúde, petróleo e gás,, e pretende expandir sua atuação para outros campos.

Leonardo Melo disse que a galeria aberta hoje teve como base uma exposição feita há alguns anos, Memórias do Boto, em homenagem aos 450 anos do Rio de Janeiro. A mostra reuniu 45 esculturas de vários artistas, entre alunos e professores da universidade. Ele informou que a meta é ter, a cada três meses, um novo ciclo de exposições.

Também são parceiros da galeria o Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce), do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe-UFRJ), especializado em tecnologias de realidade virtual e aumentada, e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-UFRJ), que faz intervenções com o tema da produção digital e do urbanismo tático.

No espaço, há centros de pesquisa e desenvolvimento de pequenas, médias e grandes empresas, além de startups. “Parte da nossa missão é envolver essas empresas nas ações da universidade faz”, disse Melo. Ele lembrou que uma das empresas residentes, a Vallourec, que apoia o projeto da galeria a céu aberto, tem presença forte em Minas Gerais, onde trabalha com arte. A Vallourec participou da criação da galeria de arte pública e trouxe obras de arte de cinco artistas mineiros de renome internacional:  Gilberto Lustosa, Ricardo Carvão, Paulo Laender, Leandro Gabriel e Miguel Gontijo.

De acordo com Melo, a galeria pretende ainda trazer obras de outros estados e construir um acervo permanente com trabralhos de alunos e professores da UFRJ e trabalhar com exposições cíclicas.

Uma das peças em destaque na galeria é No vaivém do Ir e Vir, da artista Dalila Santos, da Escola de Belas Artes, composta de cinco bicicletas estilizadas penduradas em um cabo de aço, que poderão ser usadas pelos visitantes, com o objetivo de fazê-los enxergar o parque por outro ângulo e de outra forma. A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo participa com Arquiteturas (in) úteis, obra dos artistas Adriana Sansão, Andrés Passaro e Gonçalo Castro Henriques. . Interativa, a obra tem características de uma arquibancada e pode ser usada como assento e locais para descanso.

Edição: Nádia Franco

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