Efeitos das mudanças climáticas no mundo são tema de mostra no Museu do Amanhã

A exposição fica em cartaz até abril e pode ser visitada de terça

Publicado em 24/01/2018 - 06:26 Por Paulo Virgílio - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Rio de Janeiro - Exposição: Ameaçados Planeta em Transformação é aberta ao público no Museu do Amanhã, na zona portuária do Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Exposição: Ameaçados – Planeta em Transformação é aberta ao público no Museu do Amanhã, na zona portuária do Rio -Tomaz Silva/Agência Brasil

Na exposição principal do Museu do Amanhã, os efeitos das ações humanas sobre o planeta Terra têm lugar de destaque, o que é chamado de antropoceno, termo formulado pelo cientista Paul Crutzen, Prêmio Nobel de Química de 1995. Esse é o tema da nova exposição temporária Ameaçados – Planeta em Transformação, aberta nessa terça-feira (23) no museu. A mostra reúne 30 imagens do fotógrafo brasileiro Érico Hiller, que há dez anos percorre o mundo registrando as transformações no meio ambiente resultantes das modificações climáticas.

Os efeitos dessas mudanças nas Ilhas Maldivas, pequeno país arquipélago localizado no Oceano Índico, e os poucos caminhos ainda exuberantes da Mata Atlântica brasileira são algumas das realidades documentadas pelo olhar do fotógrafo. Outra imagem de destaque é a progressiva redução do “manto branco” do Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, ponto culminante do Continente Africano, com 5.895 metros.

Além do gelo da montanha estar derretendo, por causa do aquecimento global, o clima e a biodiversidade ao redor começam a mudar. No extremo norte do planeta, as consequências de maior emissão de poluentes na atmosfera aceleram o derretimento da calota de gelo da Groenlândia, aumentando o nível dos oceanos em todo o planeta.

Rio de Janeiro - Exposição: Ameaçados Planeta em Transformação é aberta ao público no Museu do Amanhã, na zona portuária do Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Obras da Exposição: Ameaçados – Planeta em Transformação, no Museu do Amanhã -Tomaz Silva/Agência Brasil

“O meu trabalho é voltado para a ciência e a pesquisa social e ambiental, combinando com as diretrizes do Museu do Amanhã, que encara a fotografia como uma ferramenta de transformação, com viés educacional”, definiu Hiller. Desde 2010 atuando como fotógrafo independente, ele já colaborou para publicações como National Geographic Brasil, Rolling Stone e Marie Claire.

Além de mostrar os ambientes naturais ameaçados, a exposição também exibe parte de A Jornada do Rinoceronte, trabalho de Hiller que se transformou em livro no ano passado. A obra denuncia práticas criminosas e superstições que podem levar, nos próximos anos, à extinção desses mamíferos de chifres cobiçados. “É a primeira vez que vejo todos os meus projetos juntos em um único espaço, e isso é motivo de muito orgulho”, disse o fotógrafo.

A exposição Ameaçados – Planeta em Transformação fica em cartaz até abril e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. Os ingressos (que valem para todo o museu) custam R$ 20 a inteira e R$ 10, a meia entrada. O Museu do Amanhã fica na Praça Mauá, no centro do Rio.

Edição: Graça Adjuto

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