Rede quer cadeira de gênero no Conselho Nacional de Política Cultural

Publicado em 03/08/2015 - 22:46 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Inserir uma cadeira de gênero no Conselho Nacional de Política Cultural, do Ministério da Cultura, é uma das metas, no Brasil, da Rede Latino-Americana de Gênero e Cultura, disse hoje (3) Marcos Antônio Monte Rocha, articulador da rede, no país, pela organização não governamental (ONG) Fábrica de Imagens-Ações Educativas em Cidadania e Gênero.

“Essa é uma meta política clara porque, colocando uma pessoa que represente esse segmento no conselho, você garante essa discussão dentro das políticas públicas”. A ideia, segundo ele, é, em seguida, trabalhar para que também os conselhos estaduais e municipais acompanhem essa mesma orientação. Outra meta é orgamizar um encontro internacional da rede, no começo de 2016.

A Rede Latino-Americana de Gênero e Cultura foi criada este ano por 18 organizações do Brasil, Uruguai, da Argentina, do Chile, da Colômbia e do Paraguai, e trabalha para ter sua presença em toda a América Latina, engajando novos participantes para ampliar a discussão de políticas públicas culturais no continente.

A organização é resultado do 1º Encontro Latino-Americano de Gênero e Cultura, promovido em abril deste ano, em Fortaleza (CE), pela ONG Fábrica de Imagens e mais 17 ONGs nacionais e estrangeiras, no âmbito do projeto Curta o Gênero, que organiza seminários e exposições itinerantes sobre a temática de gênero e sexualidade.

Segundo Monte Rocha, muitos parceiros do Brasil na rede latino-americana trabalham com temas relacionados às mulheres e à diversidade sexual e aos direitos da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). “O campo acaba sendo bem mais amplo”, disse.

A partir desta segunda-feira, ele iniciou viagem pelo país para divulgar a rede e apresentar as iniciativas da Fábrica de Imagens. Serão visitadas até o próximo dia 21 as cidades de Porto Alegre, Florianópolis, Campinas (SP), do Rio de Janeiro, Brasília e Salvador. A programação prevê projeções fotográficas, mostra internacional audiovisual com foco nas questões de gênero, rodas de conversa sobre a questão de gênero nas políticas culturais.

Monte Rocha pretende sedimentar as parcerias já feitas e fortalecer a organização. “Nós, cada vez mais, temos a convicção que é importante investir em ações coletivas para poder pressionar os estados em prol de políticas afirmativas, que defendam os direitos de mulheres, de populações LGBT, enfim, de todos.”

Edição: Aécio Amado

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