FMI reduz para 2,3% previsão de crescimento do Brasil neste ano

Publicado em 21/01/2014 - 16:22 Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Brasília – O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu de 2,5% para 2,3% a previsão de crescimento para a economia brasileira neste ano. Para 2015, a estimativa foi reduzida de 3,2% para 2,8%. As projeções foram divulgadas em nova edição da publicação Perspectiva Econômica Mundial (World Economic Outlook, em inglês), divulgada hoje (21) pelo FMI.

De acordo com o FMI, a economia brasileira enfrenta um momento oposto em relação ao restante do mundo. O Fundo elevou de 3,6% para 3,7% a previsão de crescimento da economia global em 2014. Para o próximo ano, a perspectiva de expansão da economia do planeta foi mantida em 3,9%.

Na avaliação do Fundo Monetário Internacional, o aperto no crédito, que reduz o consumo, os gargalos na economia e a incerteza política, que reduz os investimentos, contribuíram para que a estimativa de crescimento fosse revisada para baixo não apenas no Brasil, mas nos países emergentes de forma geral. O fim dos estímulos na economia norte-americana, ressaltou o relatório, tornará países com rombos nas contas externas, como o Brasil, ainda mais vulneráveis a riscos em 2014.

“Economias com fraquezas internas e déficit nas contas externas estão particularmente expostas. As taxas de câmbio devem ser depreciadas [aumentando o valor do dólar em relação ao real] em resposta à deterioração das condições de financiamento externas”, destacou o FMI.

O relatório recomenda que os países emergentes aumentem o rigor fiscal e melhorem o ambiente regulatório para estimular melhorias na infraestrutura. Segundo o FMI, somente essas medidas serão capazes de manter a confiança dos investidores internacionais e impedir a fuga de capital desses países.

De acordo com o FMI, a aceleração da economia mundial deve-se principalmente à recuperação dos países desenvolvidos, cujos mercados internos voltaram a crescer depois de anos de crise. O organismo, no entanto, recomenda que os Estados Unidos e a União Europeia não retirem rapidamente os estímulos concedidos nos últimos anos.

“Um crescimento mais forte é necessário para fazer o balanço de pagamentos ser reparado depois da crise e para reduzir riscos relacionados à crise. Na zona do euro, o Banco Central Europeu precisará levar em consideração medidas adicionais para esse fim”, ressalta o documento.

Edição: Nádia Franco

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