Criação de empregos com carteira assinada é a menor para julho em 15 anos

Publicado em 21/08/2014 - 15:42 Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, dá entrevista coletiva para divulgar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de Julho (Fabio Rodrigues Pozzebom /Agência Brasil)

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, divulga dados do CagedFabio Rodrigues-Pozzebom /Agência Brasil

O número de empregos formais criados no Brasil em julho chegou a 11.796, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje (21) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. No mês passado, houve 1.746.797 admissões e 1.735.001 desligamentos. É a menor geração de empregos formais para o mês em 15 anos. Em julho de 1999, haviam sido criados 8.057 postos de trabalho.

No acumulado de 2014, de janeiro a julho, houve aumento de 632.224 empregos com carteira assinada (1,56%).

Segundo o ministério, sete dos oito setores da atividade econômica fecharam o mês passado com saldo positivo na geração de empregos. Os setores de serviços, com aumento de 11.894 vagas em relação a junho, agricultura (criação de mais 9.953 postos) e construção civil (3.013 empregos a mais) são os destaques. O setor de indústria de transformação registrou queda no nível de emprego, com menos 15.392 postos de trabalho.

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, acredita que a geração de empregos no país  voltará a crescer até o final de 2014. Segundo ele, a segunda metade do ano costuma registrar a criação de mais empregos com carteira assinada do que a primeira, impulsionada, por exemplo, pela contratação de mão de obra para o período de festas de fim de ano.

Manoel Dias reconheceu o recuo na geração de empregos, que já chegou a registrar mais de 203 mil vagas, em julho de 2008, mas demonstrou otimismo para sair do “fundo do poço”. A Copa do Mundo, segundo o ministro, contribuiu para os resultados. “A Copa afetou porque, na medida em que você reduz o número de dias trabalhados, você reduz o número de contratados”, disse.

Edição: Juliana Andrade

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