Instituto solta balões vermelhos para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Aids

Publicado em 01/12/2014 - 16:15 Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Aids, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas soltou 4 mil balões vermelhos em frente à Casa Rosada, sede administrativa do Hospital, que fica na região central da capital paulista. O evento é realizado há 20 anos.

Para lembrar a data, também houve um simpósio sobre atendimento público e as expectativas sobre a cura da doença, voltado para os médicos, enfermeiros, alunos de medicina e outros profissionais da saúde.

Segundo Ésper George Kallá, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, é preciso manter a expectativa de que as pesquisas estão avançando. "Resultado de pesquisa não é previsível. Temos de continuar investindo e nos dedicando para achar meios de curar as pessoas. Sou otimista e acredito que vamos ver a cura, mas não podemos fazer nenhuma promessa. Há vários grupos brasileiros interessados em pesquisar o assunto. Há vários resultados, ainda restritos ao ramo laboratorial, animal e poucos casos de observação clínica”, ressaltou Kallá.

De acordo com levantamento da Secretaria de Estado da Saúde, o número de notificações de casos de aids entre os jovens paulistas de 15 a 24 anos aumentou 21,5% nos últimos sete anos. Segundo dados do Boletim Epidemiológico do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids, em 2007, foram notificados 594 novos casos em pessoas dessa faixa etária, enquanto em 2013 foram registrados 722 casos.

O diretor técnico do Instituto Emílio Ribas, Luiz Carlos Pereira Júnior, explicou que o objetivo do evento é chamar a atenção dos jovens para uma epidemia que está diminuindo no mundo, mas vem aumentando no Brasil. “Apesar das estruturas assistenciais com drogas mais potentes e menos tóxicas, apesar da ampla disseminação de acesso aos medicamentos e aos preservativos, a população jovem não se previne, o que mostra que as informações não estão chegando de maneira adequada.”

Em razão desse dado, o instituto lançou campanha nas redes sociais no último dia 19 para tentar se aproximar da linguagem do jovem e sensibilizá-lo para a importância do tema. “Ainda estamos a uma certa distância da cura: o que se pode fazer é não [se deixar] contaminar e, se for soropositivo, é necessário ficar sabendo e tratar adequadamente. De cada cinco soropositivos em tratamento, um suspende o que traz risco para ele e para as outras pessoas: ele passa a ser um potencial transmissor”, ressaltou o médico.

Edição: José Romildo

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