Energia deve ter reajuste médio de 40% este ano, diz ministro

Publicado em 04/02/2015 - 12:57 Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Aumentos aprovados ontem pela Aneel não mudam expectativa de reajuste médio de 40%Arquivo/Agência Brasil

Mesmo com os aumentos nas tarifas de energia aprovados ontem (3) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Ministério de Minas e Energia (MME) mantém a expectativa de que a média de reajuste das contas de luz não superará 40% este ano. A informação é do ministro Eduardo Braga, que participou hoje (4) da cerimônia de posse de Vital do Rêgo Filho no Tribunal de Contas da União.

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, fala sobre a falta de energia em parte do país (Wilson Dias/Agência Brasil)

Reajustes refletem renegociação de financiamentos com bancos em 2013, diz Eduardo BragaArquivo/ABr

“Na realidade, o que está acontecendo é que houve alguns reajustes que aconteceram ordinários, anteriores ao processo de renegociação do financiamento” de R$ 17,8 bilhões entre as distribuidoras de energia e os bancos, em 2013, disse Braga.

Ele acrescentou que, para os próximos 12 meses, o impacto dos reajustes será o já divulgado. “Teremos de esperar as compensações desses números nos próximos reajustes para ter o reajuste médio. Continuamos dizendo que, pelos estudos do MME, os reajustes médios serão inferiores a esse número [40%].” Entre os reajustes anunciados pela Aneel, o da CPFL Jaguari foi o mais alto, com efeito médio de 45,4%. Para consumidores de alta tensão, o efeito médio será 48,85%.

Segundo o diretor da agência, Romeu Rufino, esse aumento não indica uma tendência. Ele disse que se trata de uma situação específica de uma distribuidora que vinha cobrando valores mais baixos.

Sobre a saída da presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster, da empresa o ministro evitou fazer qualquer comentário. Graça e cinco diretores  da empresa renunciaram hoje (4). O Conselho de Administração da companhia reúne-se na próxima sexta-feira para escolher os novos diretores.

Edição: Marcos Chagas

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