IPC-S cai na terceira prévia de março e preço de alimentos perde força

Publicado em 23/03/2015 - 09:45 Por Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Hortaliças

Hortaliças e legumes perdem força na alta de preços, diz terceira prévia do IPC-S de marçoArquivo/Agência Brasil

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) ficou em 1,47%, na terceira prévia de março, abaixo da variação ocorrida na segunda prévia (1,49%). No entanto, dois dos oito grupos pesquisados tiveram avanço em índices acima da pesquisa anterior: saúde e cuidados pessoais, de 0,71% para 0,83%, e habitação, de 2,58% para 3,19%.

O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) mostra que, em habitação, o que puxou o aumento foi a tarifa de energia elétrica residencial com reajuste de 18,36% ante 13,29%. Em saúde e cuidados pessoais, as maiores correções ocorreram no segmento de artigos de higiene e cuidados pessoais de 1,45% para 2,07%.

Já os alimentos subiram com menor intensidade, de 1,25% para 1,09%, com destaque para as hortaliças e legumes que continuaram em alta. Os reajustes desses alimentos perderam força na terceira prévia de março, com variação de 6,24% ante 8,38%. No grupo despesas diversas, houve aumento de 0,83%, taxa um pouco abaixo da anterior (0,99%). Essa oscilação foi influenciada pelos cigarros, cujos preços aumentaram em média 0,49% ante 0,84%.

Pontos de ônibus operam no meio da pista no primeiro dia útil da interdição que fechará por um ano três pistas da Avenida Rio Branco para implantação do veículo leve sobre trilhos (VLT) (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Custo  com transportes  contribuiu  para a queda

do IPC-S com elevação inferior à última apuração

de  2,05%  para  1,42%      Arquivo/Agênci a Brasil

Em transportes, o índice também indicou elevação inferior à da última apuração, de 2,05% para 1,42%. Neste caso, foi o reflexo da gasolina, com alta de 4,56% ante 6,48%. No grupo comunicação, a taxa apresentou variação negativa de 0,06% ante uma alta de 0,07%, o que foi provocado pelo valor cobrado nas mensalidades de TV por assinatura de 0,55% para 0,15%.

No grupo educação, leitura e recreação, o índice atingiu 0,68% ante uma variação de 0,94%. Esse resultado se deve à redução no ritmo de correção dos ingressos em salas de espetáculos, de 2,26% para 1,19%. Em vestuário, ocorreu queda mais expressiva, passando de -0,09% para -0,22%, com destaque para as roupas femininas, de -0,29% para -0,61%.

Tais variações foram calculadas com base na coleta de preços feita entre 23 de fevereiro a 22 de março e comparada ao período de 23 de janeiro a 22 de fevereiro. Os cinco itens de maior pressão inflacionária foram: tarifa de energia elétrica residencial (18,36%); gasolina (4,56%); refeições em bares e restaurantes (0,86%); aluguel residencial (0,93%) e condomínio residencial (4,25%).

Já os cinco itens que mais contribuíram para que o IPC-S aumentasse mais lentamente foram: batata inglesa (-5,38%); tarifa de telefone residencial (-0,82%); camisa masculina (-1,36%); blusa feminina (-1,12%) e frango em pedaços (-1,46%).

Edição: Marcos Chagas

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