Desemprego cresce pela quarta vez seguida na região metropolitana de São Paulo

Publicado em 24/06/2015 - 13:33 Por Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Carteira de Trabalho

Em  maio,  o  número  de  desempregados ficou em 1,43 milhão, 68 mil a mais que em abril  Arquivo/Agência Brasil

A taxa de desemprego cresceu pela quarta vez consecutiva em maio nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo. O índice passou de 12,4%, em abril, para 12,9%, em maio, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), feita em conjunto pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em maio do ano passado, a taxa ficou em 11,4%.

De acordo com a nota técnica, não é comum ocorrer elevação do desemprego nesse período do ano. A situação foi mais crítica na região do ABC Paulista, onde a taxa aumentou de 12,1% para 12,7%. Na  capital paulista, a taxa atingiu 12,5% sobre 12,2% em abril. Nos demais municípios, a média ficou em 13,5% da população economicamente ativa (PEA) enquanto no mês anterior a variação foi 12,7%.

O total de desempregados foi estimado em 1,435 milhão de pessoas, com acréscimo de 68 mil em comparação ao mês anterior. Houve uma ligeira ampliação na oferta de vagas (0,3%), o equivalente à abertura de 27 mil postos de trabalho. A geração de empregos foi proporcionalmente inferior à demanda por vagas, com a entrada de mais  95 mil pessoas no mercado de trabalho. Em 12 meses, o total de desempregados foi 186 mil pessoas, devido ao resultado do corte de 25 mil postos de trabalho e à entrada de 161 mil pessoas na disputa por vagas.

O setor da construção abriu novas oportunidades de emprego. Em maio, foram criadas 41 mil vagas, representando um aumento de 5,9% em relação a abril. No segmento dos serviços, houve ligeira ampliação, de 0,5%, com a criação de 26 mil empregos.

A indústria apresentou saldo negativo, com o fechamento de 25 mil postos de trabalho, significando recuo de 1,6% comparado a abril. O comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas também eliminou vagas, um total de 5 mil, com queda de 0,3%.

O levantamento mostra que, paralelamente ao desemprego, aumentou a precarização no mercado de trabalho com um avanço de 2,8% nas contratações de assalariados pelas empresas do setor privado sem carteira assinada e uma redução de 1,8% nas admissões com carteira.

Em relação aos rendimentos, foi constatada pequena elevação nos ganhos dos assalariados (de 0,3%), com valor passando para R$ 1.930.

Edição: Valéria Aguiar

Últimas notícias