César Borges defende incentivo a investimentos privados em infraestrutura

Publicado em 16/09/2015 - 19:20 Por Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O vice-presidente de Serviços, Infraestrutura e Operações do Banco do Brasil, César Borges, disse hoje (16) que é preciso incentivar o investimento privado para desenvolver os projetos de infraestrutura do país. Segundo ele, neste momento, o Brasil tem a consciência de que sem infraestrutura o país não avança.

O vice-presidente de Serviços, Infraestrutura e Operações do Banco do Brasil, César Borges, participa do Fórum Nacional, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro

O vice-presidente de Serviços, Infraestrutura e Operações do Banco do Brasil, César Borges, participa do Fórum Nacional, na sede do BNDES, no Rio de JaneiroCristina Índio do Brasil/Agência Brasil

“A infraestrutura do Brasil é carente e não está no mesmo estágio que os países emergentes, como a China e até a Índia. O Brasil hoje tem a posição de 120 no ranking global de infraestrutura, e a redução do custo transporte é essencial para competitividade”.

Para César Borges, o rebaixamento da nota do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s não é empecilho para a entrada de investimentos no país. “Se você tem um bom projeto e bons marcos regulatórios definidos pelas agências, nada disso importa porque o investimento vem”, afirmou. Segundo ele, países com mais instabilidade que o Brasil, que tem uma economia consolidada, apesar de passar por um momento de crise, têm recebido investimentos.

Mas, de acordo com Borges, para que esses investimentos venham para o país, é preciso retirar os entraves do modelo atual de concessões. “Tem que verificar quais são os entraves, de forma detalhada, para facilitar que os capitais venham investir nos bons projetos de concessão.”

Ele lembrou que até hoje todo projeto de infraestrutura no país passa pelo BNDES, que tem aportes do Tesouro Nacional. Segundo Borges, esses aportes estão limitados em função do ajuste fiscal. Por isso, defende uma captação maior de recursos no mercado. “Isso já existe, mas ainda não é suficiente para financiar ou aportar recursos. Basta que sejam bons projetos, com bons retornos, e marco regulatório que dê segurança ao investidor”.

Para 2016, César Borges disse que as perspectivas de leilões de concessão são mais significativas, porque incluem, além de rodovias, as ferrovias e os aeroportos. Sobre o setor portuário, ele afirmou que elas estão bem adiantadas, porque, na totalidade, não precisam ser leilões públicos de concessão. “Os investimentos estão acontecendo e as melhorias estão avançando”, disse.

O ex-ministro participou hoje na sede do BNDES, no centro do Rio, do painel Impulso à Modernização da Infraestrutura para fortalecer a competitividade internacional do Brasil. O debate fez parte da programação do segundo e último dia da sessão especial do Fórum Nacional, organizado pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae).

Edição: Aécio Amado

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