Ministro do Desenvolvimento espera retomada do comércio com a Argentina

Publicado em 10/12/2015 - 15:04 Por Mariana Branco – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Brasília - Audiência pública da CPI do BNDES com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Armando Monteiro disse  que o novo presidente argentino  Maurício  Macri  prometeu  retirar as  barreiras protecionistasArquivo/Agência Brasil

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, disse hoje (10) que acredita em uma retomada do comércio entre Brasil e Argentina.

Ele destacou que o novo presidente argentino, Maurício Macri, se comprometeu com a retirada das barreiras protecionistas. “O presidente Macri já disse que serão suspensas, mas a Argentina tem problemas cambiais. Não é algo que se resolve apenas pela vontade”, declarou o ministro em entrevista.

Monteiro falou à imprensa após participar do Fórum Estadão sobre Exportações, em São Paulo.

Segundo o ministro, o governo brasileiro tem “confiança” na promoção de ajustes na economia argentina que permitirão um comércio “mais fluido e revitalizado” com o Brasil. Ele lembrou que, nos últimos anos, a corrente de comércio com o país latino-americano caiu muito.

“Caiu, por conta de alguns processos relacionados com a situação econômica tanto do Brasil quanto da Argentina. No setor automotivo, a Argentina é o principal destino das exportações brasileiras, mas, em 2014, [o comércio] caiu quase 36% em relação a 2013. Nós esperamos que tanto o Brasil quanto a Argentina reequilibrem sua economia para que possamos expandir nosso comércio”, disse Monteiro, que comentou também a intenção de Macri de excluir a Venezuela do Mercosul.

“Já houve uma moderação: logo em seguida [Macri] sinalizou que aguardaria o desfecho do processo eleitoral [da Venezuela] para fazer avaliação. E, na avaliação de todos, a eleição se deu de forma a conduzir a um resultado legítimo. Portanto, me parece que não subsistem razões para que essa posição [de pedir a exclusão da Venezuela do Mercosul] seja levada adiante”, afirmou.

Edição: Nádia Franco

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