Batata lidera as quedas de preços entre os produtos de hortifruti em julho

O preço do quilo teve uma queda de até 41,83% verificada em Brasília

Publicado em 17/08/2017 - 11:56 Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Alimentos verduras legumes

O preço do quilo teve uma queda de até  41,83%  verificada em Brasília  Arquivo/ Agência Brasil

A batata registrou as maiores quedas de preço em julho em relação a junho deste ano. O preço do quilo variou entre R$ 0,69, na Grande Belo Horizonte, a R$ 1,68, em Fortaleza, o que significou uma queda de até 41,83% - verificada em Brasília - de acordo com o 8º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado hoje (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Na outra ponta, o tomate liderou as altas de preço, chegando a uma variação de até 69,79%, na Grande Vitória. Os preços do quilo, em julho variaram entre R$ 1,59, em Fortaleza e R$ 3,29, em Brasília. Com um preço de R$ 1,63, Recife foi o único local onde houve uma queda de 20,41% no custo do tomate.

Os dados são do 8º Boletim Prohort de comercialização de hortigranjeiros, divulgado hoje (17) pela Conab. O levantamento é feito mensalmente, por meio do Prohort, com base nas informações enviadas pelos principais mercados atacadistas do país. Em julho, a análise considerou entrepostos localizados nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Distrito Federal, Pernambuco e Ceará.

"A batata é o grande destaque, com queda de 4,53% a 41,83%, por conta da safra de Minas Gerais, São Paulo e entorno de Brasília, em Cristalina (GO). A oferta aumentou em praticamente todas as Ceasas", diz o gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro da Companhia, Erick de Brito Farias.

Em relação ao tomate, Farias explica que a alta não se deve à falta de produção no país. O clima favorável possibilitou que o produtor estocasse o produto ou atrasasse a colheita esperando melhores condições de mercado, o que fez com que a oferta diminuísse e o preço aumentasse. "Como os preços reagiram em julho, em agosto já verificamos que os custos estão caindo, porque o produtor está escoando essa produção. Podemos verificar a disponibilidade de tomates verdes no varejo, porque o produtor está aproveitando a alta de preços", analisa.

Frutas

Entre as frutas, a laranja foi a única que apresentou queda e todos os Ceasas analisados. Os preços variaram de R$ 1,02 na Grande Belo Horizonte, a R$ 1,56, em Fortaleza. As quedas foram de 1,82%, verificada em Recife, a 20,18%, em Brasília. Outro destaque foi a banana, com quedas de 3% a 20,60%. Apenas o Ceasa da Grande São Paulo apresentou alta no produto, de 3,99%. Os preços do quilo da banana variaram de R$ 1,20, na Grande Curitiba, a R$ 2,52, em Brasília.

As maiores altas foram nos preços da melancia que aumentaram até 33,11%, na Grande Belo Horizonte. O preço do quilo ficou entre R$ 0,96, em Belo Horizonte até R$ 1,55, em Brasília. "O que ocorre com a melancia é a entressafra, alguns produtos têm troca do primeiro para o segundo semestre, principalmente pelas condições de clima de solo, e por conta disso, nesse momento, só Uruana (GO) está oferecendo melancia para as principais centrais de abastecimento. Nos próximos meses, a colheita do Tocantins deve se intensificar", diz Farias.

Segundo o gerente, a produção de hortifruticultura está normal para o segundo semestre. As principais frutas e hortaliças têm preços em queda ou estáveis. "Alguns produtos que estão com preço muito baixo, não vêm favoráveis para o produtor", diz o gerente, "Mas o mercado vai se ajustando, tanto na oferta quanto na demanda para encontrar um nível bom para os dois lados." 

Em relação à exportação, de acordo com o boletim, as frutas vêm recuperando o mercado externo. As exportações que tiveram queda em 2016, vêm se recuperando tanto em quantidade quanto em preços. Em 2016, houve uma queda de 6,63% na quantidade exportada e de 4,51% nos valores, em relação a 2015. Em 2017, já foi registrado um aumento de 7,96% na quantidade exportada e os preços estão 9,66% maiores.

Edição: Valéria Aguiar

Últimas notícias