Temer diz que vai recuperar grau de investimento no país em breve

Publicado em 11/08/2017 - 13:21 Por Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Lucas do Rio Verde/MT - O presidente Temer e o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, abrem oficialmente a colheita estadual de algodão em Mato Grosso (Alan Santos /PR)

O presidente Michel Temer e o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, abrem oficialmente a colheita estadual de algodão em Mato Grosso Alan Santos/PR

Ao participar hoje (11) de cerimônia do setor de agronegócio, o presidente Michel Temer falou sobre a situação econômica do país e disse que “logo” o Brasil vai recuperar o grau de investimento perdido no passado. O grau de investimento funciona como um atestado de que os países não correm risco de dar calote na dívida pública.

“Quando vejo o Risco Brasil, que estava em mais de 470 pontos negativos quando assumi o governo, hoje está em 195 pontos. Portanto, caiu sensivelmente e logo, logo, vamos reassumir o grau de investimento que perdemos no passado”, disse na inauguração da primeira usina de etanol feito exclusivamente de milho do Brasil, em Lucas do Rio Verde (MT). A usina é da empresa privada FS Bioenergia.

Em 2008, o Brasil tinha sido elevado à categoria de grau de investimento. A primeira agência a incluir o país nesse patamar foi a Standard & Poor's, em abril daquele ano. A decisão foi seguida pela Fitch, em maio do mesmo ano, e pela Moody's, em setembro de 2009.

No entanto, em setembro de 2015, a Standard & Poor's retirou o grau de investimento do país e concedeu perspectiva negativa, abrindo caminho para que a nota fosse reduzida novamente em fevereiro de 2016. Em dezembro de 2015, a Fitch reduziu a nota do Brasil para um nível abaixo da categoria de bom pagador. A Moody's retirou o grau de investimento do Brasil em fevereiro de 2016. Na ocasião, a Moody’s reduziu a nota do país para dois níveis abaixo do grau de investimento.

Temer ressaltou a importância das reformas feitas por seu governo como a trabalhista e a do ensino médio e citou os índices positivos de criação de empregos dos últimos meses o que, segundo ele “indica a tendência crescente para combate ao desemprego no país”. Lembrou também a aprovação do teto para os gastos públicos. “Estas matérias todas, assim como o teto dos gatos públicos, foi fundamental para as nossas finanças. Apanhamos o país numa das piores recessões dos últimos tempos. O primeiro passo foi combater a recessão e, debelada a recessão, caminhar para o desenvolvimento” disse.

Durante discurso na cerimônia, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, também falou sobre economia. Segundo ele, quando Temer assumiu a presidência o Brasil estava em “queda livre”, mas agora já demonstra os sinais de melhora. “Nesse momento todos percebemos, ainda estamos em crise, mas o Brasil começa a sair do buraco em que se encontrava. Os empregos começam voltar”, disse.

Mais cedo, Temer participou da abertura da colheita de algodão, também em Lucas do Rio Verde. O Brasil está entre os cinco maiores produtores e exportadores mundiais de algodão em pluma e o Mato Grosso responde por cerca de 67% da produção nacional. Essa é a primeira viagem do presidente ao Mato Grosso desde que assumiu o mandato.

Redes sociais

Também hoje, Temer divulgou nas redes sociais, um vídeo em que faz um balanço sobre dados positivos da economia divulgados nos últimos dias. Temer diz que a construção civil volta a gerar empregos e ressalta a queda da inflação. “Julho foi o quarto mês positivo na geração de postos de trabalho com carteira assinada. Criamos 35 mil novos empregos. No semestre, foram mais de 100 mil trabalhadores contratados”, disse se referindo aos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados na última quarta-feira (9).

E completou “A indústria, que sempre foi a grande empregadora, está decolando. E é a primeira vez, em quase três anos, que a construção civil para de demitir e começa contratar”. Temer também citou a previsão de recorde da safra de grãos feita ontem (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

*texto ampliado às 13h49

Edição: Amanda Cieglinski

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