Bolsas europeias caem, mas têm melhor semana desde 2011

Com grande parte da Europa sob covid-19, recessão parece iminente

Publicado em 27/03/2020 - 15:27 Por Ambar Warrick - da Agência Reuters - Londres

As ações europeias fecharam no vermelho nesta sexta-feira (27), depois que parlamentares da União Europeia não concordaram sobre um pacote de apoio contra o coronavírus, enquanto o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que está infectado.

O índice pan-europeu Stoxx 600 começou o dia em queda de 2% e fechou em baixa de 3,3% após o anúncio do teste de Boris Johnson. O declínio se seguiu a três dias de ganhos. Apesar da queda desta sessão, o Stoxx 600 marcou sua melhor semana desde 2011.

Com a maior parte da Europa sob quarentena devido ao vírus, uma recessão parece iminente. Na quinta-feira, parlamentares da União Europeia prorrogaram em duas semanas o prazo para chegarem a um acordo abrangente sobre um pacote de resgate econômico, devido a uma disputa entre os países do sul da Europa, em dificuldades, e os do norte, fiscalmente conservadores.

"Talvez o teste positivo de Boris tenha contribuído para a venda, embora isso fosse acontecer de qualquer maneira", disse Andrea Cicione, chefe de estratégia da TS Lombard. "O ponto principal é que a recuperação desta crise será muito mais lenta do que o consenso espera. E será ainda mais contida pelo alto nível de desemprego e falta de investimento."

Como foi o dia nas bolsas de valores da Europa

O índice Ftse Eurofirst 300 fechou em queda de 3,28%, a 1.223,66 pontos.

Em Londres, o índice Financial Times recuou 5,25%, a 5.510,33 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX caiu 3,68%, a 09.632,52 pontos.

Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 4,23%, a 4.351,49 pontos.

Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 3,15%, a 16.822,59 pontos.

Em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 3,63%, a 6.777,90 pontos.

Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,76%, a 3.942,86 pontos.

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