Brasileiros tiveram avanços em matemática entre 2006 e 2013, mostra estudo

Publicado em 04/12/2014 - 16:59 Por Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Dados do 3° Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Terce), que avalia o rendimento em matemática, leitura e ciências de estudantes do 4° e do 7° anos do ensino fundamental de 15 países da América Latina e do Caribe, divulgado hoje (4) pela Unesco, mostram que os brasileiros obtiveram avanços em matemática entre 2006 e 2013.

No 4º ano, a pontuação do Brasil em matemática passou de 505,03 para 539,54, um acréscimo de 34,51 pontos. No 7º ano, a pontuação subiu de 499,42 para 519,63, acréscimo de 20,21 pontos. Na leitura, o rendimento dos alunos do 4° subiu 15,76 pontos entre 2006 e 2013. Já os estudantes do 7° ano ficaram com rendimento estagnado em leitura, segundo o Terce, pois o crescimento foi 3,61 pontos.

Em relação às ciências, apenas 1,46% dos estudantes tiveram nível de desempenho considerado excelente. Esse foi o primeiro ano que a prova de ciências foi aplicada no país.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Francisco Soares, considera o desempenho brasileiro no Terce compatível com o obtido em outras avaliações, como a Prova Brasil. “Os resultados brasileiros não estão no ideal, por isso, falamos tanto na melhoria da qualidade da educação”, disse.

O estudo compara os gastos em educação pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de 15 países em 2012. O Brasil aparece como o terceiro que mais investiu em educação, atrás da Argentina e da Costa Rica. “O Brasil teve avanço muito importante nos gastos públicos em educação. Isso garante que se possa entregar serviços educacionais de melhor qualidade”, disse o representante da Unesco, Atilio Pizarro.

Em relação à America Latina e Caribe, o panorama apresentado pela Terce é que houve melhora na região e na maioria dos países que participam, mas ainda é necessário que haja avanços consideráveis.

O Terce avaliou 134 mil estudantes de mais de 3.200 escolas da América Latina e do Caribe. Os países participantes foram: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e o estado mexicano de Nuevo León.

Edição: Fábio Massalli

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