Orçamento da UFRJ para 2015 tem alta de 5,7% e alcança R$ 438,4 milhões

Publicado em 19/12/2014 - 18:52 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) divulgou hoje (19) o orçamento de custeio e capital aprovado para o próximo ano, que totaliza R$ 438,408 milhões, com aumento de 5,7% em relação aos recursos de 2014.

O reitor da UFRJ, Carlos Levi, disse à Agência Brasil que uma parcela importante dos recursos vai para as despesas correntes. Para a assistência estudantil, que envolve bolsas de auxílio financeiro e de monitoria, alimentação, transporte interno e construção da nova residência estudantil na Cidade Universitária, serão alocados R$ 85,4 milhões.

A folha de pessoal não está incluída no orçamento. Ela é gerenciada diretamente pelo Tesouro Nacional - “a universidade não tem controle direto”. Carlos Levi informou que a folha de inativos e pensionistas da universidade é em torno de R$ 900 milhões, enquanto a de funcionários ativos – docentes e técnicos administrativos - soma R$ 1,2 bilhão.

Do orçamento de custeio, 50%, ou o equivalente a R$ 211,8 milhões, destinam-se ao pagamento de serviços terceirizados, como conservação e limpeza, manutenção predial, vigilantes patrimoniais, porteiros e recepcionistas.

Levi destacou também que R$ 5 milhões irão para obras de restauração de um conjunto de cerca de 12 ou 13 imóveis de propriedade da UFRJ, tombados por órgãos de tutela como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro (Inepac). Alguns imóveis estão localizados no campus da Praia Vermelha. Fazem parte também da lista a Escola de Música, a Faculdade Nacional de Direito, a Escola de Enfermagem Anna Nery, o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais e o Observatório do Valongo, entre outros.

“Temos a responsabilidade de preservar e garantir [esses imóveis] com recursos próprios do orçamento. Não há uma fonte especial para enfrentar esse tipo de despesa. O próprio Museu Nacional sofre com esse tipo de restrição, porque temos que incorporar sua manutenção, sua preservação com os nossos recursos de custeio”, salientou.

Carlos Levi não descartou, entretanto, a possibilidade de a UFRJ buscar apoio de outras instituições para ajudar no restauro dos imóveis. “São intervenções que podem ser apoiadas via Lei Rouanet de Incentivos Fiscais, principalmente”, explicou o reitor. Uma possibilidade seria concorrer ao edital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), “que tem sido parceiro importante da universidade, por meio de seus programas de apoio a essas iniciativas”.

Em relação ao prédio da Praça da República 22, no centro do Rio, onde funcionou a primeira sede da Escola de Comunicação da UFRJ durante o regime militar, que se encontra em ruínas, Levi esclareceu que o imóvel foi cedido há cerca de dois anos ao Iphan, “porque a restauração tem custo muito alto e o nível de deterioração é grande”. Segundo ele, o Iphan solicitou a cessão do prédio para implantar no local um laboratório de arqueologia.


Fonte: Orçamento da UFRJ para o próximo ano tem alta de 5,7% e alcança R$ 438,4 milhões

Edição: Stênio Ribeiro

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