Professores de SP em greve chegam à sede da secretaria da educação

Publicado em 17/04/2015 - 20:18 Por Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Depois de uma caminhada de mais de duas horas pelas avenidas Paulista, Brigadeiro Luis Antonio, 23 de Maio e Ipiranga, os professores da rede estadual de São Paulo começaram a chegar à sede da Secretaria Estadual da Educação, na Praça da República, por volta das 18h45.

Eles protestam por reajuste salarial e estão em greve desde o dia 13 de março. No fim do ato, a Policia Militar estimou em 3 mil os presentes à caminhada, enquanto os professores avaliam em 60 mil. O ato foi pacifico, mas provocou congestionamento em várias vias da capital.

Em assembleia na tarde de hoje (17), no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), os professores da rede estadual de ensino decidiram pela continuidade da greve. Eles reivindicam aumento salarial de 75,33%.

Além da greve, os professores aprovaram uma nova assembleia para a próxima sexta-feira (24), , às 14h, na Praça da República. Um dia antes, os professores devem se reunir, às 11h, com representantes do governo estadual, na sede da Secretaria Estadual da Educação, na Praça da República.

Em nota, a Secretaria da Educação lamentou "a insistência de uma única entidade em continuar uma greve política, desnecessária e que permanece com baixa adesão". De acordo com a secretaria, o índice de comparecimento de professores às salas de aula foi de 93% durante a semana, número contestado pelo Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), que fala em 70% de adesão à greve. "A pasta [da Educação] mantém-se disposta a negociar e tem nova reunião agendada com a Apeoesp para o dia 23 de abril, o sexto encontro apenas este ano."

Segundo a  nota, quatro sindicatos da área da educação, diferentemente da Apeoesp, negociam com o governo sem greve, sem prejudicar pais e alunos. "A atual política salarial já garantiu 45% de aumento a todos os professores do estado nos últimos quatro anos, sendo 21% de aumento real. Além disso, o governo decidiu pagar este ano R$ 1 bilhão em bônus por merecimento, o maior da história."

Edição: Armando Cardoso

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