Novo secretário de Educação do Rio diz que vai buscar verbas no MEC

Publicado em 18/05/2016 - 21:13 Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O novo secretário estadual de Educação do Rio, Wagner Victer, disse hoje (18) que vai ao Ministério da Educação e Cultura buscar verbas para socorrer as escolas do estado. Victer substituiu o ex-secretário Antônio Neto, que se desgastou por causa da greve dos professores e da ocupação de escolas por estudantes.

“Conheço o [ministro da Educação e Cultura] Mendonça Filho, uma pessoa muito experiente. Vamos abrir um canal. Não tenho dúvidas que ele vai definir linhas de repasses e de apoio. Educação não é uma prioridade só estadual, tem que ser no âmbito municipal e do governo federal, é uma rede que se integra”, disse.

O estado do Rio enfrenta uma greve de professores e a ocupação de escolas por estudantes, que pedem, entre outras coisas, melhorias na estrutura física das unidades. As escolas têm problemas como paredes rachadas, laboratórios fechados ou obsoletos, vidros quebrados, quadras em mau estado de conservação, rede elétrica deficiente e ventilação precária, principalmente no verão, quando os alunos sofrem sem ventiladores nem ar-condicionado.

Segundo Victer, cinco escolas foram recentemente desocupadas pelos alunos: Leopoldo Froes, Prefeito Mendes de Moraes, Ciep 295, Central do Brasil e Hispano-Brasileiro. O secretário fez um apelo aos estudantes para desocuparem as demais escolas. 

“A gente espera acabar com este problema, até porque existe a preocupação de termos uma ocupação demorada e não poder cumprir o ano letivo durante 2016. Vamos trabalhar muito para evitar isso. Acredito que as ocupações partiram de demandas legítimas, da vontade de ser escutado, de ter um retorno, que não se conseguiu de maneira adequada. Pedimos um voto de confiança”, disse Victer, referindo-se também aos professores em greve.

O secretário defendeu mudanças no Sistema de Avaliação da Educação do Rio de Janeiro (Saerj), um teste aplicado aos estudantes para medir a eficiência das escolas, mas descartou o fim da avaliação, como querem os estudantes.

“É muito importante termos um processo de avaliação. Não há compromisso de acabar com o Saerj. Há demandas de alunos de considerarmos peculiaridades locais, que devem ser consideradas, que podem ser aperfeiçoadas. A avaliação é importante, acontece em tudo na vida, como forma de apresentar melhoria contínua. Podemos aperfeiçoar o processo, construir um novo sistema.”

Edição: Luana Lourenço

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