Maré ganha escola que homenageia vereadora Mariellle Franco

Publicado em 01/08/2018 - 18:30 Por Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A prefeitura do Rio de Janeiro entregou hoje (1°) a Escola Municipal Vereadora Marielle Franco, no Complexo da Maré, zona norte da cidade. Com capacidade para a 720 alunos do 1º ao 6º anos, a escola homenageia a vereadora na comunidade onde ela nasceu, foi criada e criou vários projetos sociais. Marielle Franco foi assassinada a tiros, junto com o motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março, no centro do Rio, e o crime ainda não foi esclarecido.

A unidade entregue nesta quarta-feira na Maré integra o Plano de Recuperação da Rede Municipal, que prevê a mais dez novas escolas municipais na cidade e a reforma de 220.

O prefeito Marcelo Crivella, disse que a escola dará nova perspectiva de vida para 720 crianças da Maré. Ele destacou a qualidade das instalações, as salas equipadas com ar-condicionado e a rede de wi-fi disponível para os alunos. 

Crivella ressaltou também a importância da homenagem à vereadora assassinada. “Eu fico muito feliz de colocar nesta escola o nome de uma ativista política como a Merielle, que enfrentou todas as dificuldades e tombou no combate. Enquanto tivermos líderes políticos com a coragem de Marielle, o Brasil não vai morrer. O país terá perspectiva”, afirmou o prefeito. Para ele, a trajetória de Marielle é um exemplo de vida para as crianças da comunidade.   

Anistia Internacional faz ato em frente ao Ministério Público Estadual pressionando pela resolução do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Na foto, Antônio Francisco da Silva Neto, pai de Marielle Franco.
Antonio Francisco, pai de Marielle, diz que mais escolas são necessárias para que crianças tenham um futuro melhor - Tânia Rêgo/Arquivo/Agência Brasil

Ao participar da solenidade, o pai de Marielle, Antonio Francisco, de 67 anos, destacou a importância de mais uma escola municipal na Maré.

“Isto é o que queremos: escolas, escolas e escolas. Para nossas crianças terem outras perspectivas, um futuro melhor, para amanhã estarem na mídia como notícia de assunto que não seja a violência”,afirmou.

Edição: Nádia Franco

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