Os Jogos Mundiais Militares no país dos eventos tamanho família

Competição começa com festa de abertura imponente

Publicado em 18/10/2019 - 16:00 Por Igor Santos - Repórter da TV Brasil - Wuhan China

“Na China, tudo acaba se tornando grande”. A frase do colega de imprensa norte-americano que trabalha na China há dois anos se mostrou certeira apenas em questão de horas, ao fim da cerimônia de abertura da sétima edição dos Jogos Mundiais Militares (JMM). Nas palavras dele, a população não daria tanta atenção se o evento fosse sediado em outro país. Já que Wuhan foi a escolhida, os chineses se certificaram de realizar uma festa deslumbrante. E grande.

Segundo números divulgados pela própria organização, mais de 10 mil pessoas trabalharam para que o que foi ensaiado parecesse natural. Foram incontáveis coreografias para inúmeros cenários. O espetáculo, que contou a (vasta) história do país e também dos Jogos, deixou vidrados os mais de 50 mil presentes ao Estádio do Centro de Esportes de Wuhan. Foram quase duas horas e meia de muitas luzes, água, fogo e luzes de novo.

 Cerimônia de Abertura dos 7º Jogos Mundiais Militares, no Estádio de Esportes de Wuhan.
Cerimônia de abertura dos 7º Jogos Mundiais Militares, no Estádio de Esportes de Wuhan - Pedro Ramos/Ministério da Cidadania

Outra colega, desta vez de um veículo local, reiterou que esse é o maior evento da história da cidade, que ainda não tem o mesmo glamour que Pequim (sede dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008 e futura sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022) e Xangai (que abriga um GP da Fórmula 1). É a oportunidade para que Wuhan cresça aos olhos do mundo também.

 Cerimônia de Abertura dos 7º Jogos Mundiais Militares, no Estádio de Esportes de Wuhan.
Cerimônia de abertura dos 7º Jogos Mundiais Militares, no Estádio de Esportes de Wuhan - Pedro Ramos/Ministério da Cidadania

Uma festa como a que ocorreu na abertura dos Jogos já é um bom primeiro passo. Os chineses mostraram, além de muito patriotismo (evidente pela ovação ao presidente Xi Jinping), bastante hospitalidade. O inglês, a língua considerada global em todo grande evento, ainda não alcançou a maior parte da população. Às vezes, até a mais simples dúvida gera um longo processo de explicações e esclarecimentos. Mas tudo é levado com muita simpatia. Pegando emprestado mais um depoimento de uma colega, este da mídia de Luxemburgo, há situações nas quais as duas partes se entendem somente com os olhos. Olhos que agora devem associar Wuhan não só a esses sorrisos e às luzes que colorem a cidade como se fosse Natal. A partir da noite da sexta (18) no Brasil, manhã de sábado (19) na China, o espetáculo fica por conta dos atletas mesmo. E que seja grande.

Edição: Fábio Lisboa

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