Coluna - Calendário cheio no vôlei

Sequência de jogos ao redor do mundo causa desgaste

Publicado em 11/01/2020 - 09:00 Por Luiz Henrique Guimarães - Editor de texto do programa Stadium da TV Brasil. A coluna do jornalista será publicada pela Agência Brasil semanalmente aos sábados. - Rio de Janeiro

O calendário apertado é uma das principais reclamações de jogadores, técnicos e dirigentes no vôlei. A Federação Internacional da modalidade (FIVB) ainda não conseguiu equilibrar de forma saudável a sequência de competições de clubes e seleções ao longo da temporada. Em 2020 a situação é pior por causa da Olimpíada. A temporada de clubes termina em maio, mesmo mês em que se inicia a principal competição entre países antes dos Jogos Olímpicos, a Liga das Nações (VNL, na sigla em inglês).

A Liga deve ser o principal laboratório para as seleções na preparação para a Olimpíada de Tóquio. Afinal, é a oportunidade de cada país enfrentar os rivais diretos na busca pela medalha olímpica. Por outro lado, o torneio é extremamente desgastante. São cinco semanas consecutivas de jogos em diferentes países, sem contar com a fase final. Entre os homens, o torneio começa no dia 22 de maio e se estende até 21 de junho. Para as mulheres, as datas vão de 19 de maio a 18 de junho. Pela primeira vez as datas das finais masculina e feminina vão coincidir: serão realizadas entre os dias 1 e 5 de julho.

Neste ano, a seleção feminina faz as duas primeiras etapas em casa, nas cidades de Cuiabá e Brasília, respectivamente. Depois começa o giro pelo mundo: joga em sequência na China, na Polônia e fecha a primeira fase na Coreia do Sul. A etapa final será em Nanquim, na China. O time comandado por Renan dal Zotto estreia na VNL atuando nos Estados Unidos. Na segunda semana vem para o Brasil, onde atua em Brasília. Depois segue para Polônia e Irã antes de retornar ao solo brasileiro para a última etapa na cidade de Campo Grande. A fase final da Liga masculina acontece em Turim, na Itália.

Serão apenas 20 dias entre o final da Liga e o início da Olimpíada, entre 24 de julho e 9 de agosto. A verdadeira volta ao mundo em pouco mais de um mês causa prejuízos físicos em qualquer elenco. Ainda mais às vésperas da competição mais aguardada do ciclo. Por isso, é muito provável que os técnicos mesclem os times que vão atuar nas semanas da Liga das Nações. Força máxima, se necessário, apenas para a fase final.

A FIVB estuda alterações no calendário do vôlei mundial para os próximos anos. Mas 2020 tem ao menos uma novidade. Em agosto, após o fim dos Jogos Olímpicos, a entidade instituiu um período obrigatório de duas semanas para descanso dos atletas. A temporada nos clubes só poderá ser iniciada a partir de 15 de setembro.

Mais países classificados para Tóquio

Até domingo (12) estarão definidos todos os países classificados para os Jogos Olímpicos. Nesta semana estão sendo jogados os pré-olímpicos regionais, que distribuem as últimas cinco vagas em cada naipe para o torneio de vôlei. Até a sexta-feira (10), dia em que esta coluna foi escrita, quatro países já haviam carimbado o passaporte. No feminino, a Argentina venceu a disputa com a Colômbia e ficou com a vaga na América do Sul. No pré-olímpico africano, o Quênia superou o favorito Camarões e vai para Tóquio. Nos torneios masculinos, a França superou problemas e desbancou Sérvia, Bulgária e Alemanha para confirmar a vaga europeia. Na África quem se garantiu foi a Tunísia. A partir da confirmação dos últimos classificados será possível vislumbrar os grupos do torneio olímpico de vôlei.

Edição: Verônica Dalcanal

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