Após títulos, Beatriz Haddad Maia será cabeça de chave em Wimbledon

Paulistana é 1ª tenista do país a atingir marca desde Esther Bueno

Publicado em 21/06/2022 - 16:51 Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil - São Paulo

A paulistana Beatriz Haddad Maia foi confirmada, nesta terça-feira (21), como cabeça de chave número 23 (entre 32 atletas) do Torneio de Wimbledon, em Londres (Grã-Bretanha), um dos quatro maiores torneios do tênis mundial, os Grand Slams. É a primeira vez que uma brasileira alcança o feito desde 1968, com Maria Esther Bueno no US Open, em Nova York (Estados Unidos).

Atualmente em 29º lugar no ranking da Associação de Tênis Feminino (WTA, sigla em inglês), Bia se credenciou ao posto após os títulos em Nottingham e Birmingham, também em solo britânico, nas últimas duas semanas. Ambos são torneios de nível WTA 250 (terceiro escalão do circuito mundial de elite, atrás dos WTA 500 e 1.000).

A boa fase da brasileira, que segue na Grã-Bretanha, prosseguiu nesta terça, com a vitória sobre a estoniana Kaia Kanepi (39ª) por dois sets a um (6/4, 3/6 e 6/3), na estreia do WTA 500 de Eastbourne. Foi o 11º triunfo seguido da paulistana de 26 anos, que tem a maior sequência invicta em quadras de grama no tênis feminino (em simples) desde que a norte-americana Serena Williams ficou 20 jogos sem perder entre 2015 e 2018. Na próxima fase, Bia encara a britânica Jodie Burrage, que bateu a espanhola Paula Badosa, número 4 do mundo e principal favorita do torneio.

Serena, inclusive, será uma atração à parte em Wimbledon. Sete vezes campeã de simples, a veterana de 40 anos estará em quadra pela primeira vez após se contundir na estreia da própria competição em solo britânico, há um ano.

Além de Bia, Laura Pigossi também representará o tênis brasileiro feminino em Wimbledon, encerrando um tabu de 33 anos da última vez que o país teve duas jogadoras na chave principal de um Grand Slam, com Niege Dias e Andrea Vieira no Torneio de Roland Garros, em Paris (França). A paulistana de 27 anos, 124ª do ranking mundial, garantiu-se com a desistência da japonesa Naomi Osaka, ex-número um do mundo, que não se recuperou a tempo de uma lesão no tendão de Aquiles.

Edição: Fábio Lisboa

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