Atualizada - Rolezinho em shopping de Brasília dura menos de duas horas

Publicado em 25/01/2014 - 17:20 Por Carolina Gonçalves - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 25/01/2014 - 19:20

Brasília - No shopping Iguatemi, cerca de 30 pessoas compareceram ao rolezinho marcado para este sábado (25). A manifestação durou aproximadamente duas horas (Wilson Dias/Agência Brasil)

No shopping Iguatemi, cerca de 30 pessoas compareceram ao rolezinho marcado para este sábado (25)  Wilson Dias/Agência Brasil

Pouco mais de 30 jovens se reuniram hoje em frente ao Shopping Iguatemi, no Lago Norte, bairro nobre de Brasília, protestando contra o racismo e a discriminação. O rolezinho, que começou por volta das 15h, durou menos de duas horas. O encontro foi marcado antecipadamente nas redes sociai,s levando a administração do shopping a fechar as portas.

Muitas pessoas dessa idade foram pegas de surpresa. Combinei de passear hoje com minha família que queria vir aqui, mas está fechado e não sabiamos de nada”, disse Carlos Carreon, que estava acompanhado da mulher e dos filhos.

A professora Sheila Chagas disse que sequer conhece o movimento e o que é rolezinho. "Não estou sabendo de nada. Só vim dar uma volta e o shopping está fechado”.

Os jovens se concentraram nas proximidades do shopping, que fica em frente à entrada principal do bairro. Motoristas que passaram pelo local se dividiam entre gritos de apoio, buzinaço e críticas.

Quatro viaturas da Policia Militar ficaram posicionadas a alguns metros da concentração. Três observadores da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB–DF)  também acompanharam o rolezinho.

“Estamos aqui como obervadores. A OAB tem posição neutra em relação às manifestações, mas se houver excessos por qualquer uma das partes acompanhamos na delegacia”, explicou o advogado Alexander Diniz de Paula.

Varios seguranças circulam no estacionamento do shopping. No gramado, ao som de um funk, os manifestantes gritavam palavras de ordem. “Ao menor sinal de periferia, o shopping fecha. Sempre que tem aglomeração de galera preta ou pobre, a gente sofre isso”, criticou Misha, representante do Movimento Mulheres em Luta.

Um dos principais organizadores do rolezinho, Franklin Rabelo reforçou as bandeiras do manifesto e criticou a medida adotada pelo Iguatemi.

“Os grandes empresários fecharam as portas não para o nosso movimento, mas para os trabalhadores. Nosso movimento é pacífico e não oferece risco a ninguém”, observou.

Com o fim do rolezinho do Iguatemi, que acabou não se completando, o grupo de jovens seguiu para outro shopping da cidade, onde outros jovens se concentraram para protestar contra a realização da Copa do Mundo marcada para junho. Os manifestantes seguiram em curta passeata pela Avenida W3, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal, gritando palavras de ordem contra gastos feitos para a realização do Mundial e as exigências feitas pela Federação Internacional de Futebol, a Fifa.

Edição: Valéria Aguiar

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