Tempo é fundamental para recuperação de parentes das vítimas da Kiss

Publicado em 26/01/2014 - 10:23 Por Danyele Soares - Repórter do Radiojornalismo/EBC - Santa Maria (RS)
Atualizado em 26/01/2014 - 10:29

O professor de psicologia, Christian Haag Kristensen, fala sobre os impactos psicológicos sofridos por parentes de vítimas da Kiss Fernando Frazão/Agência Brasil

O professor de psicologia, Christian Haag Kristensen, fala sobre os impactos psicológicos sofridos por parentes de vítimas da Kiss Fernando Frazão/Agência Brasil

O professor de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul e coordenador adjunto do Núcleo de Pesquisa em Trauma e Estresse, Christian Kristensen, foi uma das dezenas de pessoas que ajudaram no resgate dos jovens que estavam, no dia 27 de janeiro de 2013, na Boate Kiss. Para ele, o tempo é fundamental na recuperação psicológica não só das vítimas como, também, da população que foi impactada pela dimensão da tragédia.

A seu ver a lembrança sempre estará presente. Os dois primeiros meses após um acidente como o que ocorreu na Kiss, o esperado é que os sobreviventes consigam retomar à rotina.

Kristensen também é responsável pelo treinamento de profissionais para promover a atenção à saúde mental. O professor explicou que, no caso em questão, no primeiro momento a preocupação maior foi com as condições físicas das pessoas, sem deixar de lado o aspecto emocional.

Hoje, ao comentar o trabalho, ele destacou que “o normal é sentir tristeza, mas aos poucos ir se recuperando”. O professor acrescentou que “se isso não está acontecendo, é preciso buscar ajuda especializada”. Ele ponderou que existem casos que a pessoa não percebe que está tão mal. “Não digo que tem que ficar feliz, mas a vida tem que seguir seu curso”.

Após a tragédia, foi criado o Centro Integrado de Atenção às Vítimas de Acidente (Ciava). O núcleo funciona no Hospital Universitário de Santa Maria e foi instalado por uma parceria entre as esferas federal, estadual e municipal. No local, uma equipe multiprofissional desenvolve o trabalho de acolhimento e atenção básica dos sobreviventes.

 

Edição: Marcos Chagas

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