Alunos da Gama e da UniverCidade podem começar transferência amanhã

Publicado em 25/02/2014 - 20:52 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Os alunos que estudavam na Universidade Gama Filho (UGF) e no Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), descredenciadas no dia 13 de janeiro pelo Ministério da Educação (MEC), e que quiserem se transferir para as universidades Estácio de Sá (Uesa) e Veiga de Almeida (UVA) ou para a Faculdade de Tecnologia Senac Rio (Fatec) podem fazer as inscrições a partir desta quarta-feira (26).

As entidades compõem o Consórcio Rio Universitário, que se comprometeu com o Ministério da Educação (MEC) a aceitar os alunos sem cobrança de taxas de adesão, pré-mensalidade ou qualquer taxa de transferência. Também estão incluídos os estudantes que mantinham descontos ou bolsas das instituições descredenciadas, do Programa Universidade para Todos (ProUni) e de contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). “Nós garantimos o valor da mensalidade e toda a política existente de bolsas nas duas instituições”, disse o reitor da Veiga de Almeida, Arlindo Cardarett. “ Isso vale também para quem tem ProUni e Fies. É importante destacar que podem ser transferidos para nossas instituições”, completou o presidente da Estácio, Rogério Melzi.

A data-limite das matrículas para aulas, ainda no primeiro semestre, é 14 de março. Os alunos que se inscreverem após esse dia vão começar a estudar no segundo semestre de 2014. A Estácio colocou à disposição dos interessados uma Central de Atendimentos (21) 3231-0000 e o link www.estacio.br/trabsferenciaassistida, que dará orientações a partir desta quarta-feira. Na Veiga de Almeida, eles devem procurar a Célula de Acolhimento no campus do centro, na Rua Teófilo Otoni, 123. As dúvidas podem ser esclarecidas também pelo telefone (21) 3924-6000 ou pelo site www.uva.br. Quem quiser procurar a Senac RJ pode entrar na página www.rj.senac.br, ligar para (21) 2517-9201 ou mandar mensagem pelo e-mail graduacao@rj.senac.br.

O presidente da Estácio disse que pretende instalar na instituição o curso de medicina da forma como era adotada na Gama Filho, inclusive com o esquema de residência dos alunos. A estrutura foi preparada para atender a 2.000 alunos. Já foram feitos os contatos com os responsáveis pelos hospitais conveniados com a Gama Filho, com apoio do Poder Público do Rio. “A cidade do Rio realmente deu as mãos em torno desses alunos. Então, o que era bom, está mantido e acho que ainda tem melhorias vindo por aí na questão dos hospitais”, revelou.

Rogério Melzi esclareceu, no entanto, que apesar de ter sido escolhida em caráter preliminar, pelo MEC, para receber os alunos deste curso, a Estácio ainda vai passar por uma avaliação de uma equipe do ministério. “O próprio edital dizia que após o anúncio preliminar deveria haver uma visita de um grupo de auditores do ministério, especialistas em medicina, para comprovar se o projeto de fato é sustentável e atende a todos os anseios do aluno e objetivos do curso. Se for satisfatória esta visita, creio que nos próximos dias, talvez antes do carnaval, ainda nós venhamos a ter o resultado definitivo. Espero que seja conosco”.

O presidente acrescentou que, se a Estácio ficar com o curso de medicina, haverá a contratação de 150 professores. O número pode ser ampliado se for necessário. Vai depender de quantos alunos vão aderir ao processo de transferência assistida. Melzi informou que os professores das instituições descredenciadas podem ser contratados inclusive nos outros cursos.

A Estácio vai receber alunos de 39 cursos, sendo 17 da UniverCidade e 22 da Gama Filho. Para a Senac RJ podem ir 200 alunos do curso de redes de computadores das duas descredenciadas e a Veiga de Almeida se preparou para atender a estudantes de 17 cursos, sendo quatro da UniverCidade e 13 da Gama Filho. O reitor Arlindo Cardarett explicou que tudo vai depender da vontade dos alunos quererem se transferir, mas ele acredita que, diante das condições dadas, a expectativa é adesão ao programa de transferência assistida.

“Eu acredito que o Ministério da Educação conduziu este processo para que conseguisse reproduzir para estes alunos uma mesma base, muito próxima do que eles tinham antes do descredenciamento. A ideia é preparar a base muito compatível. Se algum aluno quiser uma outra instituição, não vejo nenhum problema quanto a isso, mas quando ele tem uma mesma base, teoricamente,  procura algo semelhante com benefícios que ele não encontrará em lugar nenhum”, esclareceu.

O reitor disse ainda que alguns cursos que eram ministrados pelas instituições de origem não tinham similar no Consórcio Universitário. Para resolver o problema foram criados os cursos de  licenciatura em dança (90 alunos) e bacharelado em teatro (211 alunos), em filosofia (dois alunos), em geografia  (75 alunos) e história (204 alunos).

Em caso de diferença de currículo, os estudantes terão horas extras. “Os alunos que estão no início ou no meio do curso a gente entende que todos vão conseguir aproveitamento integral dos seus créditos. No caso de qualquer dispersão que a gente identificar, vai ter atividades extracurriculares para suprir a demanda educacional e no caso dos alunos que estão no último ano ou no último semestre, talvez tenham que fazer um semestre adicional. O compromisso é que a maioria dos alunos vai manter a expectativa de formatura”, explicou o diretor do Senac RJ, Eduardo Diniz.

O edital do MEC, segundo Eduardo Diniz prevê o atendimento a 15 mil alunos no processo de transferência assistida. “O MEC partiu da conta de que a gente deveria estar preparado para pelo menos 100% dos alunos que estavam em curso e 30% dos que já tinham trancado a matrícula”, esclareceu.

Os cursos encontram-se distribuídos da seguinte forma

 

Edição: Fábio Massalli

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