Governo reforça combate à lavagem de dinheiro

Publicado em 30/04/2014 - 18:50 Por Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O governo identificou a movimentação de quase R$ 20 bilhões suspeitos de terem sido resultado de lavagem de dinheiro, em quase 2 mil casos analisados entre 2007 e 2013. Para aumentar o poder de investigação dos órgãos de segurança, como a Polícia Civil e a Receita Federal, o Ministério da Justiça assinou hoje (30) acordo com vários estados para ampliar a Rede Nacional de Laboratórios contra Lavagem de Dinheiro, conhecida como Rede Lab.

A meta é elevar para 43 o número dos laboratórios até 2015, com investimento de R$ 41 milhões. Atualmente, 30 unidades estão instaladas e, de acordo o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, todos os equipamentos para as novos laboratórios foram comprados. “Agora é entregar e instalar”, disse.

“O trabalho de detectar a lavagem de dinheiro pode ser facilitado se tivermos equipamentos para fazer a análise de dados”, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Estamos firmando pactos com todos os estados brasileiros, e isso vai permitir, por meio dos órgãos de investigação, apurar com rapidez e efetividade os crimes de lavagem de dinheiro”, acrescentou.

Segundo Abrão, o trabalho desenvolvido pelos laboratórios conseguiu bloquear cerca de R$ 200 milhões de dólares com suspeita de lavagem de dinheiro, sendo que nos últimos três anos R$ 16,5 milhões foram repatriados. O restante aguarda decisão judicial.

O secretário Nacional de Justiça lembrou que o enfrentamento à organização criminosa que domina os presídios paulistas e a descoberta do esquema de corrupção na construção do fórum trabalhista de São Paulo, que resultou na prisão do juiz Nicolau dos Santos Neto, utilizaram a tecnologia desses laboratórios.

A principal característica da rede, de acordo com Ministério da Justiça, é o compartilhamento de experiências, técnicas e soluções voltadas para análise de dados financeiros, e, também, para a detecção da prática da lavagem de dinheiro, corrupção e crimes relacionados. Atualmente, rede é formada pela Receita Federal e pela Polícia Civil de vários estados.

Edição: Beto Coura

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