Venda de artigos relacionados à Copa não satisfaz todos os comerciantes

Publicado em 23/06/2014 - 11:19 Por Aline Leal - Repórter da Agência Brasil - Brasília

 

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Nem todos os comerciantes da capital federal estão satisfeitos com as vendas de artigos relacionados à Copa do Mundo, nos primeiros dez dias do Mundial. Enquanto as vendas dobraram em lojas de materiais esportivos, comerciantes da Rodoviária do Plano Piloto dizem que venderam bem menos que o esperado.

Lojistas e comerciantes de rua comentam o movimento das vendas durante a copa. Na foto, a vendedora Celiana Alves (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A vendedora Celiana Alves diz que procura por camisas da seleção aumentou Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

“Desde que a Copa começou, o movimento aumentou muito, posso dizer até que dobrou. O número de mulheres procurando a camisa oficial do Brasil foi surpreendente, o estoque está acabando”, contou Celiana Alves, vendedora de uma loja especializada em artigos do Botafogo, que investiu em produtos oficiais da seleção brasileira. Celiana diz que percebeu muito movimento de turista, e nos dias de jogos da seleção as vendas aumentam ainda mais.

Até a loja do Corinthians, que não vende artigos da seleção brasileira, percebeu um aumento de 100% nas vendas das camisas do time. “O Corinthians lançou a camisa oficial amarela, então os torcedores estão aproveitando para torcer pelo Brasil com a camisa do seu time”, avaliou a vendedora Rai Rodrigues.

Vizinha das lojas do Botafogo e do Corinthians, a loja de confecções que investiu na moda em verde e amarelo não teve a mesma sorte. “Desde o começo da Copa as vendas estão muito baixas, despencaram. Estamos torcendo para o Brasil vencer hoje. Se não, a gente vai colocar tudo em liquidação”, disse a vendedora Vânia da Silva.

O comércio popular da Rodoviária do Plano Piloto também não percebeu aumento nas vendas com o Mundial. “Estamos vendendo 20% do esperado. Tá muito ruim”, disse Francisco de Assis, que vende camisas semelhantes à da seleção por preços que variam entre R$ 15 e R$ 50. “O povo só compra cornetinha e bandeirinha, que custam no máximo R$ 3”, acrescentou.

Nas entradas das quadras residenciais, onde há ambulantes vendendo camisas e bandeiras, o movimento também está fraco. “No começo da Copa aumentou um pouquinho, mas agora tá quase parando. Tô botando fé que hoje, com o jogo do Brasil em Brasília, as vendas aumentem”, disse a ambulante Juliana dos Santos, que vende réplicas das camisas oficiais da seleção por R$ 40.

A bancária mineira Elaine Dias, que vai assistir ao jogo entre Brasil e Camarões no Estádio Nacional de Brasília/Mané Garrincha, deixou para comprar a camisa da seleção na última hora, antes do jogo. “Como todo brasileiro, deixei para a última hora, mas não vou deixar de ver o jogo com a camisa da seleção”, contou Elaine.

 

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Edição: Stênio Ribeiro

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