Banco Mundial destina US$15 milhões para projeto de proteção às mulheres

Publicado em 03/07/2014 - 21:31 Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Banco Mundial destinou US$15 milhões para um projeto que visa garantir informação e proteção às mulheres no Rio de Janeiro. Batizada de Via Lilás, a iniciativa prevê a construção de pontos eletrônicos, conhecidos como totens, nas estações ferroviárias com dados sobre a rede de proteção à mulher.

O projeto, em parceria da empresa de trens urbanos SuperVia, também prevê a impressão e distribuição de materiais para as passageiras, com alertas sobre a violência e orientações sobre procedimentos de segurança, com telefones e endereços que podem ser usados para buscar ajuda e orientação.

No futuro, a iniciativa possibilitará a construção de quatro creches próximo às estações, para que as mães trabalhadoras deixem os seus filhos e os peguem na volta.

A primeira-dama do estado, Maria Lúcia Horta Jardim, ressaltou hoje (3), no lançamento do projeto, que a violência contra a mulher não escolhe classe social e ocorre em todas as regiões do estado, seja nas áreas pobres e periféricas ou nos bairros mais ricos.

“Sofrer violência é muito ruim. E até a mulher conseguir colocar para fora, ela não entende como esse processo pode se dar. Como terão grandes campanhas de divulgação, com espaços próprios, será uma coisa transformadora. Haverá espaços onde elas poderão conversar e colocar sua dificuldade em busca de uma orientação”, disse Maria Lúcia.

O coordenador-geral de operações do Banco Mundial para o Brasil, Boris Utria, destacou que a instituição tem interesse em projetos que promovam a igualdade de gênero e garantam melhoria de vida às mulheres.

“Para nós, a mulher cumpre um papel fundamental no desenvolvimento econômico, social, cultural e político no país. Ela constitui um elemento de capacidade de trabalho, produção e inovação. Não conseguimos entender desenvolvimento sem a participação ativa da mulher”, disse Boris, que destacou a posição brasileira na América Latina, por ter uma legislação mais protetiva, citando a Lei Maria da Penha.

Edição: Luana Lourenço

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