Diretor da empresa Match pede liberdade ao STF

Publicado em 21/07/2014 - 17:26 Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O britânico Raymond Whelan, suspeito de chefiar esquema de venda ilegal de ingressos dos jogos da Copa do Mundo

Raymond Whelan é suspeito de chefiar esquema de venda ilegal de ingressos dos jogos da Copa Tomaz Silva/Agência Brasil

A defesa do diretor da empresa Match, Raymond Whelan, entrou hoje (21) com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). Whelan está preso em Bangu, no Rio de Janeiro, por ser acusado de chefiar esquema de venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo. Devido ao período de recesso no Supremo, o pedido será analisado pelo vice-presidente, ministro Ricardo Lewandowski.

Os advogados recorreram ao Supremo após o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Felix Fischer, rejeitar na sexta-feira (18) outro pedido para libertar Whelan, Na nova petição, a defesa alega que a manutenção da prisão do executivo britânico é ilegal.

Segundo a defesa, a empresa não autuou na venda ilegal de ingressos. “Vender ingresso hospitality [ingressos VIP] para Lamine Fofana, ou para quem quer que seja, vem a ser exatamente a atividade comercial da Match, lícita, contratada e autorizada pela Fifa [Federação Internacional de Futebol]". De acordo com os advogados, a existência de um mercado ilegal "afronta diretamente os interesses da Match, dificultando o cumprimento de suas obrigações contratuais com a Fifa, como a de zelar para que grandes lotes de ingressos não caiam nas mãos, por exemplo, de empresas concorrentes dos patrocinadores da Fifa”.

O franco-argelino Lamine Fofana também foi preso pela Polícia Civil do Rio, acusado de participar do esquema ilegal de venda de ingressos. Além de Whelan, no dia 10 deste mês, a Justiça do Rio determinou a prisão de dez acusados de fazer parte do esquema. Segundo o Ministério Público, autor da denúncia, os acusados vão responder pelos crimes de organização criminosa, cambismo, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

A Match tinha autorização da Fifa para comercializar bilhetes do Mundial.

Edição: Juliana Andrade

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