Eduardo Campos promete mais atenção para produtores de álcool

Publicado em 22/07/2014 - 20:47 Por Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), inaugurou hoje (22) comitês de campanha nas cidades paulistas de Marília, Limeira e Araçatuba, que ficam na região de produção sucroalcooleira. Questionado sobre quais são suas propostas para o setor, Campos disse que pretende estabelecer uma política de manutenção de preços que evite a queda brusca do valor do álcool e a migração para a produção de açúcar, como ocorreu nos últimos anos.

A política de preços deverá ser baseada na compra de energia de biomassa, proveniente do bagaço da cana-de-açúcar. “Mais da metade das usinas não conseguem fornecer energia que está sendo desperdiçada no país, em que a energia explodiu de preço”, apontou, segundo informações fornecidas pela assessoria do candidato.

Campos criticou o atual governo por não ter priorizado o etanol na política de combustíveis. Segundo ele, o setor foi muito estimulado durante o governo do ex-presidente Lula, quando muitos usineiros se endividaram para investir em novas fábricas, mas não tiveram retorno depois. “O setor do etanol como um todo – trabalhadores, fornecedores, industriais – vão optar pela nossa candidatura, que é a única que teve a coragem de assumir como o prioritário o setor de etanol no Brasil”, disse.

O ex-governador de Pernambuco também destacou a necessidade de dar atenção à agenda básica da sociedade, que fez parte das demandas das manifestações de rua do ano passado. Para ele, é preciso controlar a inflação, gerar empregos e investir recursos em saúde, educação integral e segurança pública.

“Se teve dinheiro no passado para fazer o Proer [Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional] e sanear os bancos, se teve dinheiro agora para sanear o setor elétrico depois dos erros cometidos, se tem dinheiro para subsidiar juros para as grandes empresas e tudo isso soma bilhões e bilhões, por que não tem dinheiro para fazer a escola de qualidade e sanear a saúde? Porque não se faz a mudança de verdade, que é inverter as prioridades, manter a inflação sob controle, preservar os empregos, botar o Brasil para se desenvolver?”.

Edição: Carolina Pimentel

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