Depois de visitar IML, Feldman diz que primeira identificação sairá no sábado

Publicado em 14/08/2014 - 20:49 Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O deputado federal licenciado e porta-voz da Rede Sustentabilidade, Walter Feldman (PSB-SP) confirmou hoje (14) que a identificação do primeiro corpo das vítimas do acidente aéreo em Santos deverá ocorrer no sábado. No entanto, ele ressalvou que não há garantias de que todos os corpos sejam identificados até o final da semana.

“A conclusão é que é muito provável que o primeiro resultado, portanto, a identificação da primeira vítima, saia no sábado. A partir daí, é mais acelerado, mas não dá para concluir que, no sábado, nós teremos os resultados das sete vítimas”, disse, após visitar o Instituto Médico-Legal (IML) Central da capital paulista, no bairro de Pinheiros.

Feldman, que é médico, elogiou o trabalho dos legistas que estão trabalhando no caso e disse que ficou chocado com o estado dos restos mortais. “Há mais de 50 de profissionais [trabalhando], médicos, dentistas, sociólogos, antropólogos, peritos. É muito chocante, muito triste, aqueles que nós acompanhamos nos últimos dias, vê-los neste estado, nesta situação”.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o IML colheu material genético de apenas duas famílias de vítimas até o momento: da de Pedro Valadares e de Marcos Martins. Hoje, um perito da Polícia Federal partiu para a cidade de Governador Valadares para colher material genético da família de Geraldo Cunha.

“Eu diria que está chegando [o material genético]. É uma logística complexa, envolve seres humanos, mas há uma confiança muito grande que, a partir de sábado, os trabalhos acelerem, ocorra a identificação e, a partir daí, nós podemos, não necessariamente no sábado, concluir os trabalhos”, destacou Feldman.

O deputado disse que, a pedido de Marina Silva, não falaria sobre questões ligadas à política e à candidatura do PSB à Presidência. No entanto, ele adiantou que a ausência de Eduardo Campos não será impecilho a continuidade da coligação entre a Rede Sustentabilidade e o PSB.

“Eu quero deixar muito claro. Alguns têm explorado essa ideia da divisão, 'sem Eduardo não é possível manter essa coligação'. Eu diria: muito pelo contrário. O legado do Eduardo Campos é um legado de uma aliança que se caracterizou pelo programa. Foi uma aliança programática. Evidentemente que ele gostaria que ela continuasse apesar da ausência dele”, destacou.

Edição: Fábio Massalli

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