PM paulista permanece em terreno onde reintegração de posse acabou em conflito

A Polícia Militar (PM) permanece no terreno, na zona sul da capital paulista, onde uma reintegração de posse, hoje (28), terminou em conflito entre a Tropa de Choque e os moradores da área ocupada. O terreno está localizado na Rua Alda, no bairro Pedreira, próximo ao limite com a cidade de Diadema, na Grande São Paulo.

Alguns dos ocupantes do terreno atearam fogo aos barracos para tentar impedir a passagem de um trator. Os policiais reagiram com bombas de efeito moral. De acordo com a PM, não houve detidos ou feridos.

Segundo a prefeitura de São Paulo, a área é pública e considerada de alto risco para moradia, pois integra uma região de recuperação ambiental. No ano de 2008, cerca de mil famílias tiveram de deixar o local, 179 foram contempladas com uma unidade habitacional definitiva, mais de 500 passaram a receber auxílio-aluguel e as demais foram indenizadas pela prefeitura. Recentemente, no entanto, o local foi mais uma vez ocupado por mais de 300 famílias, retiradas hoje pela polícia.

“No local serão feitas obras de urbanização e infraestrutura por meio do Programa Mananciais da Secretaria Municipal de Habitação. Os projetos estão em fase de elaboração. Ao todo serão 7.966 famílias beneficiadas com obras de pavimentação, drenagem, redes de água e esgoto e urbanização”, informou a prefeitura.

De acordo com a administração municipal, as famílias que reocuparam a área poderão se inscrever nos programas habitacionais da prefeitura por meio da internet ou na central de atendimento, localizada na Avenida São João, 299.

Às 18h30, a prefeitura de São Paulo enviou nova nota de esclarecimento informando que o termo correto para a ação ocorrida hoje é "desfazimento" e não  reintegração de posse, como informou a Polícia Militar. "Trata-se de ação de desfazimento de barracos em área de alto risco e imprópria para moradia, e não de uma reintegração de posse. A subprefeitura de Cidade Ademar coordenou  a operação com o apoio da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana".

*Alterada às 21h12 para acréscimo de informação