Auditoria conclui inspeção em navio-plataforma que explodiu no Espírito Santo

Publicado em 20/02/2015 - 20:41 Por Aline Leal - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Ministério do Trabalho e Emprego concluiu hoje (20) os trabalhos de campo sobre a explosão no navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus, ocorrida no dia 11 de fevereiro. Os auditores responsáveis pelo trabalho elaboraram uma lista de exigências a serem cumpridas como condição para que a plataforma volte a funcionar.

O navio pertence à empresa norueguesa BW Offshore e foi afretado pela Petrobras para operar na extração de gás natural no litoral do Espírito Santo. Seis pessoas morreram no acidente e 26 ficaram feridas, entre as quais três ainda estão internadas.

As buscas pelos três funcionários desaparecidos depois da explosão podem continuar, desde que não ofereçam riscos aos envolvidos. “O que está impedido é a extração de gás”, frisou o diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do Trabalho, Rinaldo Marinho, em nota à imprensa.

Entre as condições para a embarcação voltar ao funcionamento estão a promoção de melhorias em sistemas elétricos em espaços confinados; o uso de vasos e caldeiras para a extração de gás e a adoção de medidas preventivas para o controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões.

Além disso, segundo os auditores do Ministério do Trabalho, será necessário implantar um novo sistema de combate a incêndio com um plano de emergência, rotas de fuga e procedimentos operacionais.

Uma nova vistoria deve ser feita quando a empresa concluir os reparos. De acordo com o ministério, um termo de notificação foi expedido pela equipe de auditores, informando a BW Offshore sobre todas as não conformidades de segurança do trabalho encontradas depois do acidente e sobre a impossibilidade de operação antes que todos eles sejam corrigidos.

A auditoria no navio teve início dois dias depois do acidente. Sete auditores fiscais do trabalho foram responsáveis pelo levantamento feito em todas as áreas do navio. Além de visitar os pontos atingidos pela explosão, os auditores entrevistaram os trabalhadores que estavam embarcados e fizeram imagens que podem ajudar a entender a causa do acidente.

Edição: Jorge Wamburg

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