Garis da Grande São Paulo e interior entram em greve por tempo indeterminado

Publicado em 23/03/2015 - 14:45 Por Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Garis da Grande São Paulo e de cidades do interior paulista entraram hoje (23) em greve por tempo indeterminado. A categoria pede aumento salarial de 11,73%, mas o Sindicato das Empresas Urbanas de São Paulo oferece 7,68% de reajuste. O salário médio dos garis é R$ 900.

De acordo com o presidente do sindicato patronal, Ariovaldo Caodaglio, a greve atinge as cidades do ABC Paulista, exceto Rio Grande da Serra e São Bernardo do Campo, além de Itanhaém, Paulínia, Cotia e Itapevi. Nos municípios de Andradina e Osasco, uma liminar determina que os grevistas mantenham 70% da categoria trabalhando. Resíduos dos serviços de saúde, como hospitais, devem ter a coleta e destinação final funcionando plenamente.

A Federação de Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental, Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo informou que a maioria das cidades paulistas, exceto São Paulo e Campinas, que tem data-base diferente, aderiram à paralisação. A entidade estima que 30 mil trabalhadores tenham cruzado os braços.

Os garis reclamam que o reajuste de 7,68% não é suficiente para corrigir a inflação e reivindcam aumento de 11,73%, percentual que foi oferecido aos trabalhadores da área no estado. Caodaglio adiantou que não é possível aplicar tal reajuste.

“O salário mínimo do estado é pago a categorias que não têm representação sindical. Isso significa que o aumento é 11,73%, mas não tem cesta básica, tíquete-refeição ou vale-transporte. Não tem absolutamente nada que os demais trabalhadores sindicalizados têm”, destacou o sindicalista.

Segundo Caodaglio, o sindicato patronal aguardará a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Na última sexta-feira (20), em reunião de conciliação no TRT, o desembargador Wilson Fernandes havia sugerido aumento de 9,5%, mas o encontro terminou sem acordo.

Edição: Armando Cardoso

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