Pezão admite crise econômica no Rio, mas garante investimento em serviços

Publicado em 19/03/2015 - 15:37 Por Da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão admitiu hoje (19), durante a formatura de 79 peritos criminais da Polícia Civil, que o estado passa por dificuldades, mas garantiu que a segurança  pública continuará sendo prioridade. “O estado vai investir na melhoria dos serviços e, para isso, liberou verba para reformas do Instituto Médico Legal [IML] e dos postos de polícia.”

 Os funcionários da limpeza e da segurança do IML estão em greve há mais de uma semana por causa de atrasos no pagamento dos salários. Segundo Pezão, as dificuldades enfrentadas são reflexo da dependência do estado nas atividades do petróleo. Mesmo com a perda de R$ 8 bilhões, o governador disse que tomará medidas e que dentro de 90 dias achará uma saída para resolver os problemas e manter as conquistas. 

"É um momento difícil do estado, e nunca escondi isso, venho mostrando desde novembro que tivemos uma queda grande na nossa receita, mas vamos atravessar essa crise. O estado tem as suas finanças equilibradas, já vimos algumas saídas e, na semana que vem, acho que a vamos ter uma boa notícia." Na segunda-feira (23) o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, vota os depósitos judiciais, que vão dar um conforto ao estado, anunciou o governador. Ele enfatizou que a segurança continua a ser prioridade e que o estado vai se adequar ao problema momentâneo.

De acordo com o governador, a dívida total gira em torno de R$ 700 milhões, mas o estado tem a receber mais de R$ 8 bilhões de dívida ativa. "Estou fazendo um programa para negociar caso a caso com os devedores. O que o estado deve é um quinto do que tem a receber. Estamos lutando muito para receber esse recurso e começando a fazer essa negociação, que não é fácil – são devedores de muitos anos, mas vamos receber", afirmou. 

Ainda não há solução para o abandono do prédio do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, nem para os problemas enfrentados pelos funcionários do IML. Pezão disse que foi um erro ter passado a manutenção das delegacias e do IML para a Polícia Civil no início do primeiro governo. Ele ressaltou, porém, que agora disponibilizou recursos e que uma subsecretaria cuidará da manutenção dos prédios.

Para o chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso o cenário já foi mais difícil do que o atual. Veloso lembrou que Pezão se sensibilizou e liberou recentemente recursos para a reforma dos postos regionais de polícia técnica e científica. "Não é o ideal, mas estamos melhor do que em um passado recente."

Veloso disse que a situação orçamentária é preocupante, mas que não atinge só a polícia da capital. "É em todo o estado. Temos enfrentado uma série de questões e estamos tentando atenuar esses problemas. São questões que ultrapassam até a esfera de decisão da polícia, mas temos conseguido superar a maior parte delas. Algumas reformas já começaram, outras estão em processos de licitação, ou vão começar em breve."

Edição: Valéria Aguiar

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