Servidores do GDF protestam contra possível cancelamento de reajuste salarial

Publicado em 11/03/2015 - 15:40 Por Da Agência Brasil - Brasília

Mais de 1,5 mil servidores públicos protestam em frente ao Palácio do Buriti contra cancelamento de reajuste (José Cruz/Agência Brasil)

Em  frente  ao  Palácio  do  Buriti,  sede  do  governo local, cartaz diz que Brasília vai parar José Cruz/Agência Brasil

Durante ato realizado hoje (11) em frente ao Palácio do Buriti, em Brasília, servidores do Distrito Federal (DF) decretaram estado de greve — um aviso de que podem suspender os trabalhos a qualquer momento. Ao menos 18 categorias compareceram ao ato para se manifestar contra a possibilidade de cancelamento de um reajuste salarial acordado em 2013.

Os manifestantes são contra a ação direta de inconstitucionalidade (Adin) movida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra reajustes salariais a funcionários. A medida, aprovada em 2013 pela Câmara Legislativa do DF, na gestão do ex-governador Agnelo Queiroz, está sendo contestada diante da crise financeira por que passa o GDF.

Para Marli Rodrigues, do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde), o reajuste não é ilegal. Ela avalia que o problema não é jurídico, e sim político. "Não existe inconstitucionalidade. Queremos que o governo entenda que ele é o governo. Que esse é um problema político [a questão dos salários], e não jurídico. Mas o ele [governo] fica esperando que a Justiça resolva", disse.

A opinião de Marli é compartilhada pelo presidente da Auditoria Fiscal Tributária do Distrito Federal, Adalberto Imbrosio, para quem o Distrito Federal vive "uma falta de gestão". "É preciso trabalhar melhor a estrutura de arrecadação no DF."

Em nota, a assessoria de imprensa do GDF informou que a questão não está nas mãos do governo. "Não há como o GDF intervir na Justiça", diz trecho da nota. O governo local afirmou ainda que tem prestado informações ao Ministério Público, esclarecendo a situação financeira atual. O governo ainda não comentou a possibilidade de greve dos servidores.

Edição: Denise Griesinger

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