MST fala em "avalanche conservadora" e defende reforma política no país

Publicado em 14/04/2015 - 14:38 Por Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Brasília

 Alexandre Conceição, integrante da coordenação nacional do MST, fala sobre Reforma Agrária e as mobilizações dos trabalhadores no país (Elza Fiuza/Agência Brasil

"Precisamos de uma reforma agrária,  mas a reforma política é fundamental”, diz Alexandre Conceição, um dos  coordenadores  do  MST  Arquivo/Agência Brasil

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Alexandre Conceição, criticou hoje (14) o que chamou de “avalanche conservadora”, ao citar projetos como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/2000, que trata da demarcação de terras indígenas, e a eleição do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Em entrevista coletiva, ele defendeu a reforma política como elemento aglutinador dos movimentos sociais no Brasil. “Vamos nos inserir num processo de luta muito intenso nesse período. Precisamos de uma reforma agrária, mas a reforma política é fundamental”, disse ele, ao destacar a estratégia de um plebiscito para tratar do assunto.

Alexandre Conceição disse que, nos primeiros 100 dias do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff, nenhuma das cerca de 150 mil famílias acampadas no país foi assentada. “A alegação é que não há orçamento aprovado ainda, mas não se pode ter muita paciência após dez anos esperando pela aprovação da reforma agrária”, afirmou.

Dados do MST indicam que cerca de 20 mil famílias foram assentadas no primeiro mandato de Dilma. Segundo Conceição, o número é “bastante inexpressivo”. Ele defendeu a criação de uma espécie de Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a reforma agrária, que consistiria não apenas em assentar famílias, mas em trazer todas as condições de infraestrutura para as localidades, incluindo estradas, energia, água e escolas.

Edição: Valéria Aguiar

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