Pezão quer apoio das Forças Armadas durante todo o seu governo

Publicado em 09/04/2015 - 21:05 Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Rio de Janeiro - Forças armadas ocuparam na manhã deste sábado (5) o complexo de favelas da Maré no processo de implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (Fernando Frazão/Agência Brasil)

"Se pudesse, tinha o Exército, a Marinha e a Aeronáutica nos quatro anos", disse o governador do RioFernando Frazão/Fernando Frazão

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse hoje (9) que gostaria de ter o apoio das Forças Armadas durante todo o seu governo. No momento, o estado enfrenta resistência do tráfico de drogas em diversas comunidades que abrigam unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), principalmente no Complexo do Alemão.

"Eu não tenho resistência nenhuma. Se pudesse, tinha o Exército, a Marinha e a Aeronáutica nos quatro anos. É que eles têm uma série de operações que precisam fazer, principalmente para as Olimpíadas, como o patrulhamento nas fronteiras. Nós vamos ter alguma ajuda de outras maneiras", acrescentou.

Apesar disso, o governador sustentou que as forças de segurança estaduais têm condições de lidar com a situação e retomar o controle no Alemão, comunidade formada por diversas favelas onde moram cerca de 70 mil pessoas.

"O coronel Pinheiro Neto [comandante da Polícia Militar] e o secretário [de Segurança, José Mariano] Beltrame acham que, com as nossas forças policiais e com a inteligência da Polícia Civil, a gente dá conta de fazer essa reavaliação do processo de UPP. Não é em todo o morro. Onde está mais conflagrado é em duas comunidades".

Pezão participou da posse de novos desembargadores no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), incluindo o novo presidente da corte, Poul Erik Dyrlund.

O Complexo do Alemão foi tomado em novembro de 2010, com o apoio de blindados dos Fuzileiros Navais. Da mesma forma, o Complexo da Maré foi dominado por efetivo da Marinha e do Exército em abril de 2014, com prazo de saída até junho deste ano, quando serão substituídos pela PM.

Edição: Fábio Massalli

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