Projeto leva atendimento odontológico gratuito a jovens do Rio de Janeiro

Publicado em 28/04/2015 - 14:56 Por Da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Jovens com idade entre 11 e 17 anos estão sendo atendidos por voluntários do Programa Dentista do Bem, em comemoração ao Dia Mundial do Sorriso. O objetivo da iniciativa, que vai até o fim da tarde de hoje (28), é fazer uma triagem e verificar a condição da saúde bucal do paciente para encaminhar esse jovem ao tratamento odontológico gratuito, até que ele complete 18 anos. A expectativa da organização é que mais de 60 mil jovens sejam atendidos durante a ação que ocorre simultaneamente em cerca de 300 municípios brasileiros e em mais dez países da América Latina, além de Portugal.

O coordenador do prorama, Saulo Nixon de Souza, disse que o Dentista do Bem procura identificar adolescentes de baixa renda que necessitam de tratamento odontológico aos quais oferece atendimento gratuito com um dos 15 mil profissionais voluntários de que dispõe.

No Dia Mundial do Sorriso, a Oral-B e o programa Dentista do Bem realizam a terceira edição da maior triagem odontológica do mundo, atendendo jovens na quadra da Unidos de Vila Isabel (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

No Dia Mundial do Sorriso, jovens são atendidos por voluntários do Programa Dentista do BemTânia Rêgo/Agência Brasil

"Hoje estamos selecionando esses jovens carentes. O tratamento é oferecido no consultório particular do dentista voluntário: o jovem vai ter o mesmo atendimento, o mesmo tratamento e o mesmo material que recebem os pacientes particulares, porém, sem ônus para a família. O dentista voluntário vai ficar próximo da região onde mora a criança, que não precisará se deslocar tanto", explicou Souza.

Para participar da triagem, o jovem precisa estar acompanhado de um responsável e levar carteira de identidade, comprovante de residência e de matrícula em escola pública. Durante o atendimento, o dentista faz um exame visual não invasivo da condição odontológica de cada jovem e preenche uma ficha com dados sobre a saúde bucal e a condição socioeconômica da família. Caso a criança não precise de atendimento, os dentistas orientam os pais com algumas ações educativas que possam ajudar a resolver algum problema que a criança tenha.

A diarista Ana Lúcia Chagas, de 39 anos, disse que espera conseguir o tratamento para seu filho Marcos Vinícius, de 11 anos. "Hoje em dia, está tão difícil um atendimento público e, quando a gente vê essas coisas de graça, fica um pouco cabreira, mas não custa nada tentar. Eu trouxe ele para buscar um atendimento porque eu já levei ele no dentista, o orçamento era R$ 1 mil, e não tem a menor condição. Faltei ao trabalho e ele faltou à escola para tentar aqui. E, se ele conseguir, o tratamento é de graça até os 18 anos. Então, seria bom."

Para o coordenador regional do Rio de Janeiro da organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) Turma do Bem, do Programa Dentista do Bem, Eduardo Picanço, a maioria das crianças que procuram do atendimento precisa de algum tipo de cuidado. Segundo ele, que muitas não realizam a higiene bucal corretamente, mas é possível reverter esse quadro com o trabalho prestado pelos dentistas voluntários.

"A maioria precisa, e precisa muito, do atendimento. Não fazemos só o atendimento. A partir do momento em que eles entram no consultório para ser atendidos pelo dentista, existe um processo de educação. Hoje vê-se que a maioria tem controle de placa muito deficiente, índice de higiene também muito deficiente. E, quando eles conseguem entrar no projeto, percebemos que eles ficam mais estimulados para melhorar a limpeza", afirmou Picanço.

Edição: Denise Griesinger

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