Restaurante móvel promove oficinas de alimentação saudável na capital paulista

Publicado em 09/04/2015 - 15:54 Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O Programa Meu Prato Saudável estacionou um restaurante móvel no Largo da Batata, zona oeste paulistana, para divulgar informações sobre alimentação saudável. O espaço tem duas cozinhas abertas onde são ministradas oficinas de sucos e culinária, além de palestras com nutricionistas sobre como balancear refeições. A iniciativa é do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas.

A carreta onde estão montadas as cozinhas e as mesas para os participantes ficará estacionada no local hoje (9) e amanhã (10), das 9h às 17h. No domingo (12), o restaurante móvel segue para Aparecida do Norte, interior paulista, onde ficará em frente à Basílica do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. A organização espera atender a 10 mil pessoas. Na ação na capital paulista, a estimativa é que 2 mil pessoas participem das atividades em cada dia.

Antes de subir para o espaço, o público passa por uma triagem, com medição de peso, altura e circunferência da cintura. Também são fornecidas informações sobre nutrição e os riscos associados a estar acima do peso ideal. “O sobrepeso é uma das principais causas de doenças como diabetes tipo 2, hipertensão, obesidade e doenças cardiovasculares. Do sobrepeso para a obesidade é um pulo”, alertou a médica que coordena o programa, Elisabete Almeida.

O projeto trabalha com uma metodologia que simplifica as noções de nutrição. “A pirâmide alimentar é muito difícil de entender, não importa a escolaridade das pessoas. Então, nós fizemos uma reinterpretação da pirâmide para dentro do prato, para as pessoas saberem o que colocar no prato”, explicou Elisabete.

Segundo indicações de nutricionistas, um prato de almoço deve ter, por exemplo, metade da composição de legumes e verduras e duas partes iguais de carboidratos e proteínas. Para facilitar a compreensão, são usados quebra-cabeças mostrando quais alimentos têm os nutrientes necessários para a alimentação balanceada.

O aposentado Adarziro Vieira veio de Caieiras, município ao norte da Grande São Paulo, só para participar das oficinas. Com 74 anos, ele acha que a viagem valeu a pena. “O suco eu vou fazer, sim”, disse Vieira, explicando como vai incorporar os novos conhecimentos ao seu cotidiano. “Gosto das coisas novas. Quando tem coisa nova, é bom conferir. Quanto mais se vive, mais se aprende”, afirmou o aposentado ao comentar as razões que o levaram a um deslocamento de mais de uma hora até a capital.

O professor de inglês e de português Luís Carlos Abílio estava só de passagem pelo Largo da Batata, mas se interessou pela proposta. “Em sala de aula, eu explico isso, mas aqui é mais importante, porque pega o povão”, disse Abílio, destacando que é importante divulgar esse tipo de informaçao para o grande público.

Edição: Valéria Aguiar

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