Rio: aprovados para Guarda Municipal fazem protesto cobrando contratações

Publicado em 11/04/2015 - 16:43 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Candidatos aprovados em um concurso da Guarda Municipal do Rio de Janeiro fizeram uma manifestação na manhã de hoje (11), na Praia de Copacabana, reivindicando o preenchimento das 2 mil vagas para contratação imediata previstas no edital publicado em 18 de outubro de 2012. Estão previstas 400 vagas para candidatos negros e indígenas.

Os manifestantes levaram 2 mil bexigas pretas para representar as vagas que deveriam ser preenchidas e as fincaram na areia da praia em frente ao Hotel Copacabana Palace. Além disso, escreveram cartazes em que pediam a convocação para o curso de formação para Guarda Municipal, etapa que ainda não foi cumprida e é parte da preparação para o provimento das vagas.

Leandro Souza, de 30 anos, é um dos candidatos aprovados. Sem emprego com carteira assinada, ele aguarda ser chamado. "É inadmissível que um concurso com 2 mil vagas imediatas não tenha chamado nem o primeiro da lista depois de quase dois anos".

O edital prevê que os dois anos de validade do concurso só começarão a ser contados depois que a primeira turma concluir o curso de formação. Em 2013, 370 concursados chegaram a ser chamados para o exame social e a entrega de documentos em novembro, mas nenhuma outra etapa foi feita desde então.

Cauteloso, Robson Lima, de 30 anos, preferiu não pedir demissão no emprego quando soube que estava entre os aprovados, pois achava que a convocação iria demorar. A espera, no entanto, tornou-se maior que ele imaginava.

"Me sacrifiquei, estudei, treinei para passar no teste físico, paguei um curso para passar num psicotécnico e passei em tudo. Estou entre os 2 mil classificados e estou aguardando até hoje. Não tem nenhum cronograma para a gente começar a trabalhar", disse. Outro motivo de preocupação é que, com 30 anos, já está na idade limite para se candidatar a vagas de nível médio na Polícia Militar e na própria Guarda Municipal.

A Agência Brasil entrou em contato com a Guarda Municipal, mas não recebeu resposta sobre o assunto até a publicação da matéria.

Edição: Aécio Amado

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