Sindicatos fazem protesto em 18 estados contra Lei da Terceirização

Publicado em 15/04/2015 - 17:03 Por Da Agência Brasil - Brasília

Integrantes da CUT participam dos protestos do Dia Nacional de Luta contra o Projeto de Lei (PL) 4.330/2004, que regulamenta o sistema de terceirização no mercado de trabalho brasileiro (Valter Campanato/Agência Brasil)

Protestos ocorreram em diversas cidades com passeatas, atos e paralização de trabalhadores de setores como bancos e transportes públicosValter Campanato/Agência Brasil

Sindicatos fizeram protesto na manhã de hoje (15) em 18 estados contra o projeto de lei que regulamenta a terceirização no Brasil, aprovado na Câmara dos Deputados no dia 8. Há registro de pelo menos um confronto entre policiais militares e manifestantes, em Vitória. As manifestações são organizadas por sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais sindicais.

Os protestos, convocados como parte do Dia Nacional de Paralisação contra o Projeto de Lei (PL) 4.330/2004, ocorreram de manhã em Santa Catarina, Alagoas, Amapá, Goiás, no Piauí, na Paraíba, no Paraná, em Pernambuco, no Espírito Santo, Rio Grande do Sul, na Bahia, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, Sergipe, no Tocantins, Pará, em São Paulo e no Distrito Federal. A CUT informa que haverá protestos em outras capitais ainda nesta quarta-feira.

Houve paralisações no transporte público em pelos menos cinco capitais, segundo a CUT: Florianópolis, Porto Alegre, Salvador, Recife e Brasília. O Dia Nacional de Paralisação contra a Lei da Terceirização também inclui passeatas, manifestações e paralisações em diversos estados.

No Paraná, diversas centrais sindicais se juntaram à CUT nas mobilizações, dentre elas a Força Sindical que, nacionalmente, tem apoiado o PL. Com apoio de outras centrais, houve paralisações de algumas categorias na parte da manhã, como bancários e metalúrgicos. As paralisações duraram entre uma e duas horas. Houve um ato no final da manhã que saiu da Praça Santos Andrade em direção à Boca Maldita, em Curitiba, terminando por volta das 14h30.

Policiais militares e manifestantes contrários ao projeto entraram em confronto em Vitória. Durante o tumulto, a polícia usou bombas de efeito moral para tentar dispersar os manifestantes. A assessoria da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social informou à Agência Brasil que o direito à manifestação está sendo respeitado, mas que o uso da força policial foi necessário para cumprir uma decisão judicial de ontem (14), que determinou que não houvesse fechamento de vias de acesso à capital.

Como parte da mobilização em Porto Alegre, a frota de ônibus da Carris, empresa pública de transporte, não circula desde o início da manhã. Manifestantes bloqueiam a garagem da empresa impedindo a saída dos veículos, informou a Empresa Pública de Transporte e Circulação.

No Rio de Janeiro, os protestos interditaram vias e provocaram paralisação de serviços. Em frente à Refinaria Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, um grupo de petroleiros e representantes da CUT ateou fogo em galhos e pneus colocados na pista, no sentido Rio, da Rodovia Washington Luiz. Em São Paulo, os manifestantes bloqueram três rodovias.

Em Brasília, os rodoviários paralisaram as atividades entre as 4h e as 7h. Os bancários também pararam durante um ato no Setor Bancário Sul, ainda de manhã, e depois retornaram ao trabalho. O transporte público também foi interrompido em Salvador.

Em Belo Horizonte, bancários fizeram um protesto, no final da manhã, na Praça Sete, região central da capital mineira. Segundo o Sindicato dos Bancários de Belém, a categoria paralisou as atividades nesta manhã.

As cidades de Maceió, Fortaleza, Macapá, Goiânia, Teresina, João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba, entre outras, tiveram atos e caminhadas durante o  Dia Nacional de Paralisação contra o Projeto de Lei 4.330/2004. Segundo a CUT, também houve manifestações de manhã em Sergipe e em Rondônia.

* matéria alterada às  17h22 para acréscimo de informação

Edição: Fábio Massalli

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