Sem-teto ocupam dois terrenos abandonados na Grande São Paulo

Publicado em 16/05/2015 - 13:54 Por Camila Boehm - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupou dois terrenos na madrugada de hoje (16) na Grande São Paulo. Segundo representantes do movimento, os terrenos estão abandonados e estão integrados às Zeis (Zonas Especiais de Interesse Social), áreas destinadas à construção de moradia popular. As ocupações são parte de uma estratégia do movimento que reivindica o lançamento imediato da terceira etapa do programa Minha Casa, Minha Vida.

Cerca de 800 famílias estão no terreno do Jardim Batista, em Embu das Artes. Em Itapecerica da Serra, aproximadamente 600 famílias ocupam o terreno do Jardim dos Reis. Os números são do próprio movimento.

Representante do MTST, Natália Szermeta informou que a prefeitura de Embu entrou em contato com os manifestantes na manhã de hoje. “A gente espera que o governo e o proprietário sejam sensíveis à quantidade de famílias que estão aqui, inclusive muitas crianças. Esperamos que tudo se resolva da melhor forma possível”, disse.

Segundo Natália, o déficit habitacional na cidade é muito alto. "Vivemos em uma região de comunidades muito carentes. A melhor saída é conseguirmos aproveitar a ocupação para viabilizar o projeto no terreno e solucionar os problemas de parte da comunidade”, acrescentou.

Sobre a ocupação em Itapecerica, Jussara Bastos, também do MTST, informou que a área tem aproximadamente 150 mil metros quadrados. Jussara disse que o grupo ainda não foi procurado pela prefeitura ou pelo proprietário até as 12h. “A ideia é permanecer no terreno até o contato do proprietário, de modo que possamos iniciar negociações sobre a área, que já é uma Zeis, para destiná-la à moradia popular.”

A Guarda Civil Municipal de Itapecerica da Serra informou que, após uma denúncia, a Polícia Militar (PM) enviou viaturas para o local da ocupação. Procurado pela Agência Brasil, o 1º Distrito Policial de Itapecerica não tinha detalhes da ocorrência até as 12h. A assessoria de imprensa da PM também não tinha conhecimento das ocupações até esse horário.

A reportagem da Agência Brasil também tentou contato com as duas prefeituras, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.

 

 

Edição: Armando Cardoso

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