Arena Castelão é interditada por causa de briga de torcedores na final cearense

O estádio ficará fechado para eventos por 90 dias

Publicado em 23/06/2015 - 11:31 Por Edwirges Nogueira - Repórter da Agência Brasil - Fortaleza

Torcedores aguardam a passagem do onibus da seleção brasileira após o treino no estadio Castelão para a Copa do Mundo 2014 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Só depois de apresentação de documentos pela concessionária, tribunal decidirá se libera estádio de futebolMarcello Casal Jr/Agência Brasil

O Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Ceará (TJDF-CE) determinou a interdição da Arena Castelão por 90 dias e solicitou que a empresa responsável pela gestão do estádio apresente à Justiça, no prazo de 10 dias, os laudos de funcionamento e o plano de segurança detalhado.

A decisão foi tomada por causa da briga das torcidas dos clubes Fortaleza e Ceará no jogo final do campeonato estadual, em 3 de maio. Após o término da partida, os torcedores dos dois times invadiram o gramado da Arena Castelão e entraram em confronto, utilizando cadeiras das arquibancadas e placas de anúncios publicitários como armas.

A partir dos documentos requeridos pelo TJDF-CE, o relator do caso decidirá se libera ou mantêm a interdição. A pena foi aplicada com base no Artigo 211 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que considera infração não manter a infraestrutura necessária para assegurar a segurança no local do evento.

Em nota, a Luarenas, empresa que administra a Arena Castelão, esclarece que “tem todos os laudos necessários para a realização de partidas e que as orientações gerais de segurança foram elaboradas em um plano entregue, em janeiro, à Federação Cearense de Futebol”. Esses documentos serão entregues hoje (23) à Comissão Disciplinar do TJDF-CE.

Na nota, empresa destaca que o ato de suspensão de eventos no estádio “seria suscetível apenas no caso de os documentos não serem enviados à Justiça no prazo de dez dias”.

A Federação Cearense de Futebol (FCF) também foi penalizada com multa de R$ 10 mil. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da entidade disse que, até o momento, não se pronunciará sobre a decisão.

Edição: Marcos Chagas

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