Falta de material paralisa obras de nova UPP na zona oeste do Rio, diz deputada

As obras da nova sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do morro do Batan, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, estão paralisadas por falta de material, informou a presidenta da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputada estadual Martha Rocha (PSD-RJ).

Atualmente, a UPP do morro do Batan funciona numa casa confortável, antes ocupada por traficantes de drogas. Martha Rocha esteve em Realengo para uma das vistorias realizadas pela comissão às UPPs, após a Alerj destinar R$ 57 milhões à Secretaria de Segurança para investimentos na área.

"Quando questionamos a Secretaria de Segurança sobre a reconstrução das novas sedes das UPPs, ficou informado que a unidade do Batan ficaria pronta em setembro. Nós, da comissão, estivemos lá hoje e, segundo o encarregado da obra, falta material", disse a deputada, ao acrescentar que vai oficiar a Secretaria de Segurança nos próximos dias para saber das causas da interrupção das obras.

Os integrantes da comissão avaliaram também as condições de trabalhos dos policiais nas instalações atuais das UPPs, além de ouvir demandas e reclamações dos agentes e de moradores. A deputada também fez elogios à sede atual da UPP do Batan.

Ao contrário de sedes de UPPs que funcionam dentro de contêineres, como a da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, última unidade visitada pela comissão, em maio, a UPP do Batan funciona em uma casa com piscina. O local era habitado por traficantes antes da chegada das forças pacificadoras.

"Desde que começamos a visitar as UPPs, a do Batan foi onde encontramos as melhores condições de trabalho. A UPP é atuante na sua atividade e nos projetos de integração com a comunidade. A sede tem piscina, tem espaço grande, permite que os policiais militares (PMs) façam projetos junto aos moradores, como aulas de natação. Esta é uma UPP instrumentalizada e integrada, com muitas iniciativas, como o Ensino de Jovens e Adultos. Isso fortalece a PM e a comunidade", disse Martha Rocha.

A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria de Segurança para saber o motivo da falta de materiais e da paralisação das obras, e se a sede será entregue no prazo, mas até o fechamento desta matéria não houve resposta.

A UPP do Batan foi instalada em fevereiro de 2009, com um efetivo de 107 policiais militares, sendo a terceira comunidade carioca a receber a unidade. Hoje, a UPP do Batan atende a uma população estimada de 28 mil habitantes.