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Três hospitais e UPA do Distrito Federal detectam bactérias multirresistentes

Aline Leal - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 05/06/2015 - 13:34
Brasília

Depois que três hospitais e uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Distrito Federal detectaram a presença de bactérias multirresistentes em pacientes, a Secretaria de Saúde informou que vai se reunir na tarde de hoje (5) com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária para discutir o controle de infecções hospitalares.

As bactérias multirresistentes, popularmente conhecidas como superbactérias, são organismos resistentes à maioria dos grupos de antibióticos disponíveis no mercado. O corpo humano tem várias bactérias, mas, com a ingestão de antibióticos, algumas se tornam resistentes e se multiplicam, provocando infecção. Desta forma, o uso indiscriminado de antibióticos é uma das causas do surgimento dessas superbactérias.

As áreas Vermelha e Amarela do setor de emergência do Hospital Regional de Taguatinga chegaram a ser fechadas para higienização intensa no dia 28, depois de a equipe ter constatado que uma paciente de 79 anos estava infectada pela bactéria Enterococo. Três pacientes idosas que estavam com a bactéria morreram nesse hospital. Porém, a Secretaria de Saúde disse que não ainda não é possível relacionar as mortes à presença das bactérias, já que as pacientes apresentavam outras enfermidades graves. A emergência foi reaberta na terça-feira (2), mas no ainda há com três pacientes em isolamento.

No Hospital Regional de Santa Maria, pelo menos 14 pessoas foram isoladas por terem a bactéria Acinetobacter. No Hospital Regional do Guará, há atualmente dois pacientes isolados com a Acinetobacter. Na UPA de Sobradinho, foi detectada a bactéria KPC em uma paciente. Ela foi transferia para o Hospital Regional de Sobradinho.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal está fazendo um levantamento para atualizar o número de pacientes contaminados por bactérias em toda a rede pública e deve divulgar os dados na tarde de hoje. A pasta alerta que a higienização das mãos no ambiente hospitalar, com álcool, é a principal ferramenta para evitar a contaminação. A higienização deve ser feita pelos profissionais de saúde, acompanhantes e visitantes.